Estudo PARTNER: olaparibe neoadjuvante em câncer de mama com mutação germinativa BRCA (gBRCA) no Estudo PARTNER, em combinação com carboplatina e paclitaxel - Oncologia Brasil

Estudo PARTNER: olaparibe neoadjuvante em câncer de mama com mutação germinativa BRCA (gBRCA) no Estudo PARTNER, em combinação com carboplatina e paclitaxel

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Olaparibe em combinação com carboplatina e paclitaxel para pacientes com gBRCA 

 

Inibidores de poli (ADP-ribose) polimerase (PARP), como o olaparibe, têm sido estudados por sua capacidade seletiva de eliminar células cancerígenas deficientes em BRCA1/2 (gBRCA). No entanto, a combinação de olaparibe com quimioterapia tem sido desafiadora devido à toxicidade da medula óssea. O ensaio PARTNER testou olaparibe em combinação com carboplatina e paclitaxel em pacientes com gBRCA em três etapas. 

Na Etapa 1 e 2, os pacientes foram divididos em grupos para receber carboplatina e paclitaxel (CbT) seguido de antraciclinas. O braço de controle recebeu apenas quimioterapia, enquanto os braços de pesquisa receberam olaparibe intermitente. Já na Etapa 3, houve randomização entre o braço de controle e o braço de pesquisa vencedor. O desfecho primário foi resposta patológica completa (RPC); os desfechos secundários incluíram sobrevida livre de eventos (SLE) e sobrevida global (SG). 

De junho de 2016 a maio de 2023, 108 pacientes com gBRCA foram recrutados. O braço de controle (C) recebeu apenas quimioterapia e os braços de pesquisa (R1 e R2) receberam olaparibe intermitente 150mg duas vezes ao dia, por 12 dias a cada 3 semanas com CbT. Não houve preocupações com segurança. Dos 84 pacientes avaliados, 64,1% em R2 e 69,8% em C alcançaram RPC, além disso, os pacientes em R2 tiveram melhores resultados de sobrevida. 

Estes resultados notáveis indicam que, em pacientes com gBRCA, o esquema intermitente de 48 horas de olaparibe (R2), em combinação com carboplatina/paclitaxel e antraciclina, melhorou todos os desfechos de sobrevida, independentemente do status de RPC. A diferença marcante nos resultados de sobrevida entre os dois braços de pesquisa sugere uma interação mecanicista diferente entre o PARPi e a quimioterapia. Em pacientes com gBRCA, o braço PARTNER R2 é um regime potencialmente curativo que requer validação em um estudo maior. 

 

Referências:

https://www.abstractsonline.com/pp8/#!/20272/presentation/11427

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