A agência regulatória americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou, em 8 de janeiro de 2020, pembrolizumabe (Keytruda®) para o tratamento de pacientes com câncer de bexiga não-músculo invasivo (CBNMI), de alto risco, não responsivo ao tratamento com BCG com carcinoma in situ (CIS) com ou sem tumores papilares que não são elegíveis ou optaram por não se submeter à cistectomia.
A aprovação baseou-se nos resultados do KEYNOTE-057, um estudo fase II multicêntrico, braço único que incluiu 148 pacientes com CBNMI de alto risco, sendo 96 com CIS com ou sem tumores papilares não responsivo ao BCG . O inibidor de PD-1 pembrolizumabe levou a uma taxa de resposta completa (RC) de 41% (IC 95%, 31%-51%) em 96 pacientes com CBNMI de alto risco com CIS com ou sem tumores papilares; a duração mediana da resposta (DOR) foi de 16,2 meses (0,0+, 30,4+). Além disso, 46% dos pacientes que responderam tiveram uma RC com duração ≥12 meses.
Os endpoints primários foram RC, citologia na urina e tomografia computadorizada e duração da resposta. A análise interina demonstrou uma taxa de RC de 38,8% em três meses nessa população de pacientes. Entre os 40 pacientes que alcançaram RC aos 3 meses, 72,5% mantiveram um RC em um seguimento mediano de 14 meses, 80,2% dos pacientes apresentaram RC com duração ≥6 meses.
Vinte e dois dos 42 pacientes que atingiram RC tiveram uma resposta contínua no momento do cutoff, nenhum paciente desenvolveu doença invasiva ou metastática muscular. As taxas mais elevadas de RC foram observados em pacientes que não eram brancos (55,6%) e com ECOG 1 (51,9%).
O perfil de segurança foi considerado consistente com os eventos adversos (EAs) que foram relatados em estudos anteriores do inibidor de PD-1. Os EAs mais comuns (incidência ≥10%) nos pacientes que receberam pembrolizumabe no KEYNOTE-057 foram fadiga, diarreia, rash cutânea, prurido, dor musculoesquelética, hematúria, tosse, artralgia, náusea, constipação, infecção do trato urinário, edema periférico, hipotireoidismo e nasofaringite.
Noventa e nove pacientes apresentaram EA≥1 e EA relacionados ao tratamento (TRAEs) foram relatados em 65,7% dos pacientes. EAs de grau 3 a 5, EAs relacionados ao tratamento grau 3/4, EAs graves e EAs relacionados ao tratamento graves foram relatados em 29,4%, 12,7%, 24,5% e 7,8% dos pacientes, respectivamente. Dois pacientes morreram.
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