FDA concede liberação para testes com nova terapia-alvo para pacientes com câncer de pulmão com mutação em EGFR - Oncologia Brasil

FDA concede liberação para testes com nova terapia-alvo para pacientes com câncer de pulmão com mutação em EGFR

Concedido status de investigational new drug à molécula BBT-176, que tem como alvo o EGFR com mutação C797S, em câncer de pulmão de células não pequenas
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A agência regulatória americana Food and Drug Administration (FDA) concedeu recentemente o status de “nova droga em investigação” (IND, do inglês investigational new drug) para o inibidor de tirosina quinase (TKI) anti-EGFR BBT-176, nova molécula desenvolvida pela Bridge Biotherapeutics.

Pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) e mutações patogênicas no gene EGFR sabidamente se beneficiam de tratamento com TKIs com atividade anti-EGFR. O osimertinibe tem sido a principal escolha de TKI para o tratamento de primeira linha desses pacientes. No entanto, a resistência ao osimertinibe é um problema frequente enfrentado por aqueles que se utilizam da medicação, podendo advir de mecanismos diversos, tanto dependentes quanto independentes de alterações no gene EGFR. Entre os mecanismos considerados EGFR-dependentes, um dos principais é a presença da mutação C797S. Infelizmente, ainda não existem boas opções de TKIs para pacientes que desenvolveram resistência ao osimertinibe.

Em estudos pré-clínicos, o BBT-176 mostrou-se ativo em tumores com EGFR C797S, mesmo naqueles com mutações triplas, além de eficácia aumentada quando combinado com anticorpos anti-EGFR. Com a liberação do status IND pelo FDA, há planos de que um novo estudo de fase I/II se inicie num futuro próximo, com fases de escalonamento de dose e expansão de dose, em pacientes coreanos e norte-americanos, para avaliar a eficácia inicial e a segurança da droga.

O desenvolvimento dessa nova molécula e os futuros estudos em seres humanos podem ser importantes passos na busca por novas opções de tratamento para pacientes com CPCNP e mutação de EGFR. O sucesso do BBT-176 pode representar uma nova conquista para aqueles pacientes que lutam contra a doença e que se deparam com o problema da resistência a outros TKIs.

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