Neste vídeo, Dra Luiza Dib, oncologista clínica e coordenadora de Pesquisa Clínica do Hospital Sírio-Libanês Brasília e PI do estudo IMbrave050 no Brasil, apresenta os dados desse trabalho que avaliou a eficácia de atezolizumabe + bevacizumabe adjuvante em retardar ou prevenir a recorrência em pacientes com carcinoma hepatocelular de alto risco. Confira o conteúdo completo!
A recorrência do carcinoma hepatocelular (CHC) após ressecção ou ablação hepática com intenção curativa é uma preocupação, visto que o risco pode chegar a 70-80% em cinco anos. Isso aponta para uma necessidade urgente de terapias adjuvantes eficazes. Atualmente, o padrão de tratamento para o carcinoma hepatocelular irressecável/metastático é a combinação de atezolizumabe com bevacizumabe, conforme demonstrado pelo estudo IMbrave150. Esse estudo comprovou melhorias significativas na sobrevida global (SG), sobrevida livre de progressão (SLP) e taxa de resposta objetiva quando comparado ao tratamento com sorafenibe (Finn NEJM 2020, Cheng J Hepatol 2022).
Dado o potencial antitumoral do atezolizumabe + bevacizumabe (atezo+bev), o estudo IMbrave050 foi realizado com o objetivo de avaliar a eficácia do regime adjuvante de atezo+bev em retardar ou prevenir a recorrência da doença em pacientes com carcinoma hepatocelular com alto risco de recorrência após a realização de ressecção ou ablação.
Os dados desse estudo foram apresentados durante a Reunião Anual da American Association For Cancer Research – AACR 2023. Os critérios para definição de alto risco de recorrência consideraram o tamanho e quantidade de tumores, a presença de invasão vascular e o grau de diferenciação tumoral. Os pacientes foram randomizados para o braço A (atezo + bev) ou braço B (vigilância ativa). Os fatores de estratificação incluíram a região geográfica (Ásia-Pacífico, excluindo o Japão x resto do mundo), a quantidade de características de alto risco, o tipo de procedimento curativo realizado e uso de TACE adjuvante opcional (permitido por um ciclo após a ressecção). Os pacientes do braço A receberam atezo 1200 mg + bev 15 mg/kg IV a cada 3 semanas por um período de um ano ou 17 ciclos. Os pacientes do braço B foram submetidos a vigilância ativa por um ano e foram elegíveis para cruzamento para o braço atezo + bev após a confirmação de recorrência por centro de revisão independente (IRF). O endpoint primário foi a sobrevida livre de recorrência (SLR) avaliada pelo IRF. Os endpoints secundários de eficácia incluíram SG; SLR avaliada pelo investigador (INV); e tempo para recorrência avaliado pelo IRF.
Os resultados do estudo foram baseados na análise da população intention-to-treat (ITT), que incluiu 334 pacientes em cada braço do estudo, e os dados demográficos basais foram equilibrados entre os grupos. Durante a análise intermediária, que ocorreu com um acompanhamento médio de 17,4 meses até a data limite de 21 de outubro de 2022, o endpoint primário foi alcançado, com um IRF-SLR HR de 0,72 (IC de 95%, 0,56, 0,93; P = 0,0120), e os resultados foram consistentes em todos os subgrupos clínicos. INV-SLR foi semelhante (HR, 0,70; IC 95%, 0,54, 0,91). A segurança de atezo + bev foi geralmente controlável e consistente com o perfil de segurança bem estabelecido de cada agente terapêutico e com a doença subjacente.
No vídeo, Dra. Luiza apresenta os dados desse estudo de forma detalhada, abordando os impactos desses resultados na prática clínica e no manejo da doença.
Confira o conteúdo completo.
M-BR-00010967 – Maio 2023
Este material, de cunho estritamente científico, destina-se exclusivamente a profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar medicamentos.
Material de cunho estritamente científico, tem objetivo educacional e não tem a finalidade de condicionar a prescrição, uso, promoção, venda, recomendação, indicação ou endosso de nenhum produto Roche ou qualquer concessão de benefício à Roche.
As condições de aprovação dos produtos citados diferem internacionalmente, recomenda-se que a bula local vigente seja consultada. Os conceitos emitidos são de responsabilidade do palestrante e não refletem necessariamente a opinião da Roche.
Os direitos autorais deste material são de propriedade exclusiva de seu Autor ou da Roche, conforme previsão contratual, e somente poderá ser utilizado para os fins ali previstos. É proibida qualquer tipo de reprodução ou uso deste material para quaisquer outros fins.
Referência:
Alameda Campinas, 579 – Jardim Paulista, São Paulo – SP, 01404-100
CEO: Thomas Almeida
Editor científico: Paulo Cavalcanti
Redatora: Bruna Marchetti
© 2020 Oncologia Brasil
A Oncologia Brasil é uma empresa do Grupo MDHealth. Não provemos prescrições, consultas ou conselhos médicos, assim como não realizamos diagnósticos ou
tratamentos.