Importante estudo mostra ganho em sobrevida com imunoterapia em pacientes com câncer de mama triplo negativo - Oncologia Brasil

Importante estudo mostra ganho em sobrevida com imunoterapia em pacientes com câncer de mama triplo negativo

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O tratamento com imunoterapia aumenta a sobrevida em algumas pacientes com câncer de mama triplo negativo metastático (CMTNm), de acordo com os dados do estudo IMpassion130, divulgados na ESMO 2018, congresso que está sendo realizado em Munique na Alemanha, entre os dias 19 e 23 de Outubro. A combinação de nab-paclitaxel e atezolizumabe é o primeiro tratamento desse tipo a aumentar sobrevida em CMTNm. Previamente, a sobrevida nesse cenário girava em torno de 12 a 15 meses, uma vez que essas pacientes não têm benefício com tratamentos com hormonioterapia ou medicações anti-HER2 e só podiam ser tratados com quimioterapia citotóxica.

O estudo de fase III IMpassion130 recrutou 902 pacientes com CMTNm que não haviam sido previamente tratadas para doença metastática. As pacientes recebiam quimioterapia (QT) padrão com nab-paclitaxel e eram randomizadas para combinação com atezolizumabe ou placebo. Os objetivos principais eram sobrevida livre de progressão (SLP) e sobrevida global (SG).

A terapia combinada reduziu o risco de progressão ou morte em 20% para a população geral do estudo e em 38% naqueles tumores que expressavam PD-L1. Avaliando-se todos os pacientes, a mediana de SLP foi de 7,2 meses para o grupo da imunoterapia vs. 5,5 meses para o grupo de QT isolada (HR 0,80 e p=0,0025). Na população com tumores positivos para PD-L1, a mediana de SLP foi de 7,5 meses vs.5,0 meses também favorecendo o grupo da combinação (HR 0,62; p<0,0001). Na análise interina, a mediana de SG foi de 21,3 meses com a combinação vs. 17,6 meses para o braço de QT sem imunoterapia, uma diferença não significativa. No subgrupo de pacientes PD-L1 positivo, essa diferença foi significativa, sendo de 25 meses contra 15,5 meses em favor do grupo de imunoterapia (HR 0,62). As taxas de resposta também foram maiores no grupo da combinação: 56% vs. 46% para a população geral e 59% vs. 43% para o grupo de tumores que expressavam PD-L1.

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