Isatuximabe + VRd vs. VRd: Estudo IMROZ fortalece os benefícios de Isa-VRd em mieloma múltiplo recém diagnosticado inelegível ao transplante, se colocando como candidato importante a novo tratamento padrão - Oncologia Brasil

Isatuximabe + VRd vs. VRd: Estudo IMROZ fortalece os benefícios de Isa-VRd em mieloma múltiplo recém diagnosticado inelegível ao transplante, se colocando como candidato importante a novo tratamento padrão

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Neste vídeo, o Dr. Edvan Crusoé, Médico Hematologista e Chefe do Serviço de Hematologia e Hemoterapia do Hospital Universitario da UFBA, comenta os resultados do estudo IMROZ apresentados no EHA® 2024. Acesse e confira!

Pacientes recém diagnosticados com Mieloma Múltiplo (NDMM) representam uma população cuja primeira linha de tratamento é especialmente crucial, uma vez que muitos podem não ter a oportunidade de linhas subsequentes, e, quando as recebem, apresentam piores desfechos. Um dos tratamentos mais utilizados para NDMM inelegível atualmente é o protocolo VRd (bortezomibe + lenalidomida + dexametasona). No entanto, com a aprovação do anti-CD38 isatuximabe, capaz de induzir a morte celular de células do mieloma, sua combinação ao VRd se tornou alvo de investigação no estudo IMROZ.

Esse estudo clínico de fase III buscou avaliar comparativamente a eficácia e a segurança de Isa-VRd (n=265) vs. VRd (n=181) em pacientes recém diagnosticados e inelegíveis ao transplante autólogo. Como endpoint primário, o estudo avaliou a sobrevida livre de progressão (SLP). Com uma mediana de follow-up de 59,7 meses, a mediana de SLP não foi alcançada no braço que recebeu o Isatuximabe comparativamente a uma mediana de 54,3 meses no braço VRd. Assim, foi possível inferir que a administração de Isa-VRd reduziu em 40,4% o risco de progressão ou óbito (HR = 0,596; 95%CI: 0,406-0,876) no estudo. Ao avaliar esse resultado e a tendência da curva de sobrevida, é possível estimar que a mediana de SLP em Isa-VRd alcance aproximadamente 90 meses, sendo esse benefício em sobrevida consistente entre os subgrupos do estudo.

Do ponto de vista de doença residual mínima negativa, a resposta sustentada por pelo menos 12 meses foi favorável à incorporação de isatuximabe, que aumentou em 2,7 vezes a chance de se alcançar esse desfecho (46,8% vs. 24,3%; OR = 2,729; 95%CI: 1,799-4,141). Por fim, com relação à segurança, as toxicidades ocorreram dentro do

esperado para o regime, tendo uma taxa de eventos adversos G5 ajustada pelo tempo de exposição ao tratamento de 0,03 (Isa-VRd) vs. 0,02 (VRd).

Isa-VRd, portanto, demonstrou redução do risco de progressão ou óbito, atrelado a respostas mais profundas e duradouras, se colocando como candidato importante à novo tratamento padrão em NDMM não candidatos ao transplante autólogo de medula óssea.

Referências:

1. Facon Thierry, Dimopoulos MA, Leleu X, et al. Phase 3 study results of isatuximab, bortezomib, lenalidomide, and dexamethasone (Isa-VRd) versus VRd for transplant-ineligible patients with newly diagnosed multiple myeloma (Ti NDMM) (IMROZ) (IMROZ). Abstract S100. Disponível em: https://s3.eu-central-1.amazonaws.com/m-anage.com.storage.eha/temp/eha24_abstract_bodies/S100.pdf. EHA® 2024.

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