A parte final da sala de câncer de mama do primeiro dia do IV ECIP Virtual focou nos tumores HER-2 positivos. Dr. Gustavo C. Girotto, Investigador Principal do CIP, Diretor Científico do Serviço de Oncologia Clínica do HB/FAMERP e Membro do Comitê de Pesquisa Clínica da SBOC, apresentou um caso clínico de uma paciente com carcinoma ductal HER-2 positivo EC III para servir como base às discussões posteriores com Dr. César Cabello, Dra. Alessandra Morelle, Dr. Evanius Wiermann e Dr. Antônio Carlos Buzaid.
Dr. César Cabello, Professor de Medicina, Associado Livre-Docente do Departamento de Tocoginecologia da FCM-UNICAMP e Coordenador da Mastologia do Hospital da Mulher CAISM da FCM-UNICAMP, deu início às palestras do módulo falando sobre as implicações da resposta clínica-radiológica completa após neoadjuvância no planejamento cirúrgico, mostrando que não altera as taxas de tratamento conservador das mamas e das axilas.
Dra. Alessandra Morelle, médica oncologista do Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre (RS), apresentou uma aula sobre “neoadjuvância em HER-2 e como escolher o tratamento adjuvante baseado na resposta patológica”. Segundo a oncologista, o racional é possibilitar a redução do tamanho do tumor e uma cirurgia conservadora. É importante tratar precocemente a paciente para diminuir o risco de metástase, acompanhar a redução do tumor a cada ciclo de quimioterapia e acessar a resposta pós-quimioterapia neoadjuvante, definindo as condutas a partir do comportamento da doença.
Dr. Evanius Wiermann, médico oncologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), seguiu com uma palestra sobre “adjuvância no câncer de mama HER-2 positivo de baixo e alto risco de recorrência” e, depois, Dr. Antonio Carlos Buzaid, Diretor Médico Geral do Centro de Oncologia da BP e Membro do Comitê Gestor do Hospital Israelita Albert Einstein, focou no período da terapia adjuvante HER-2, considerando a possibilidade de 6 meses de duração a partir dos resultados dos estudos PHARE e PERSEPHONE. Após ponderar os resultados, concluiu que por cautela ainda se recomendada 12 meses de duração, mas em termos de saúde pública a administração poderia ser menor para mais pacientes.
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