Publicado recentemente no Journal of Clinical Oncology, o estudo Gepar-Septo analisou o papel do nab-paclitaxel na neoadjuvância dos carcinomas de mama. De fase III, multicêntrico e prospectivo, incluiu pacientes com tumores de mama maiores que 2 cm, ou entre 1-2 cm com algum fator de risco (envolvimento nodal, receptores hormonais negativos, HER-2 positivos ou Ki67 > 20%). Ao total, 1206 pacientes foram randomizadas em 2 grupos: nab-paclitaxel semanal ou paclitaxel por 12 semanas, seguidos epirrubicina e ciclofosfamida, por 4 ciclos.
A taxa de resposta patológica completa (PCR), desfecho primário, foi maior no grupo nab-paclitaxel em relação ao grupo paclitaxel (38,4% vs. 29%; p=0,001). A sobrevida livre de doença em 4 anos também foi superior no grupo que recebeu nab-paclitaxel (84% vs 76,3% (HR 0,66; IC95% 0,51-0,86; p=0,002). O benefício foi homogêneo entre os subgrupos analisados. No entanto, não houve diferença em sobrevida global entre os dois braços.
Uma das grandes preocupações ao prescrever paclitaxel é a neuropatia periférica. Esta toxicidade foi apresentada em graus 2 a 4 por 29,4% dos pacientes. Não houve diferença no tempo para resolução desta toxicidade até grau 1 entre o nab-paclitaxel e paclitaxel.
Este estudo abre uma outra possibilidade de tratamento neoadjuvante, a qual impactou em sobrevida livre de progressão e resposta patológica completa, porém não em sobrevida global. Você pode ler o trabalho original aqui.
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