Neste vídeo, Dr. Phillip Scheinberg, Chefe da Hematologia da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, abordou três estudos sobre síndrome mielodisplásica (SMD) apresentados durante o ASH 2024. Acesse e confira na íntegra!
De 7 a 10 de dezembro de 2024, San Diego, na Califórnia, está sendo o palco do 66ª Congresso Americano de Hematologia (ASH). O evento é um dos mais importantes da área, reunindo especialistas de todo o mundo para discutir avanços científicos, estudos clínicos inovadores e novas abordagens terapêuticas.
Neste vídeo, Dr. Phillip Scheinberg discute três importantes estudos sobre síndrome mielodisplásica (SMD). O primeiro deles trata do uso da eritropoetina subcutânea em pacientes com SMD de baixo risco, comparando início precoce (logo após o diagnóstico) versus tardio (após a hemoglobina atingir níveis mais baixos). Os resultados mostraram que, embora a resposta inicial e a duração fossem melhores no grupo de início precoce, não houve diferença significativa no tempo para dependência transfusional ou na progressão para condições mais graves, como SMD de alto risco ou leucemia mieloide aguda. Assim, o uso de eritropoetina pode melhorar a condição clínica do paciente, mas não altera a história natural da doença.
O segundo estudo, COMMANDS, comparou o luspatercepte à eritropoetina em pacientes com SMD de baixo risco. Após dois anos de acompanhamento, o luspatercepte se mostrou superior na resposta ao longo do tempo, com taxas mais altas e duradouras em comparação à eritropoetina, reforçando o benefício do luspatercepte como uma opção terapêutica de longo prazo para esses pacientes.
Por fim, foi discutido o uso da decitabina oral em pacientes com SMD de alto risco, especialmente aqueles com mutação TP53. O estudo destacou o potencial da decitabina oral em subgrupos específicos, embora a resposta seja limitada em pacientes com mutações mais complexas. Esses dados evidenciam a necessidade de mais pesquisas para terapias eficazes em SMD de alto risco.
Referências:
Park S, Slama B, Moldovan M, et al. Early Versus Late Onset of ESA in Lower Risk Anemic MDS Patients: Results of the GFM Randomized Phase III EPO-Pretar Trial. Abstract: 349. Session: 637. Myelodysplastic Syndromes: Clinical and Epidemiological: Defining and Treating Low Risk MDS
Hematology Disease. Presented at the 66th Annual Meeting of the American Society of Hematology; 2024 Dec 7; San Diego, CA.
Garcia-Manero G, Santini V, Zeidan AM, et al. Long-Term Response Analysis of Transfusion Independence in Erythropoiesis Stimulating Agent–Naive Patients with Very Low-, Low-, or Intermediate-Risk Myelodysplastic Syndromes Treated with Luspatercept Vs Epoetin Alfa in the COMMANDS Trial. Abstract: 350. Session: 637. Myelodysplastic Syndromes: Clinical and Epidemiological: Defining and Treating Low Risk MDS Hematology Disease. Presented at the 66th Annual Meeting of the American Society of Hematology; 2024 Dec 7; San Diego, CA.
Xie Z, Komrokji Z, Otterstatter M, et al. High-Risk Ccus Is Clinically Indistinguishable from Low-Risk Myelodysplastic Syndromes/Neoplasms. Abstract: 354. Session: 637. Myelodysplastic Syndromes: Clinical and Epidemiological: Defining and Treating Low Risk MDS
Hematology Disease. Presented at the 66th Annual Meeting of the American Society of Hematology; 2024 Dec 7; San Diego, CA.
Urrutia S, Sasaki K, Bataller A, et al. Oral Decitabine/Cedazuridine in Patients with MDS and TP53 Mutations: A Propensity Score Matching Analysis from the Phase II and III Trials. Abstract: 661. Session: 637. Myelodysplastic Syndromes: Clinical and Epidemiological: Treatment and Prognostication of MDS Hematology Disease. Presented at the 66th Annual Meeting of the American Society of Hematology; 2024 Dec 8; San Diego, CA.
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