Oncogenética traz novidades de diagnóstico com importantes consequências para a classificação de risco - Oncologia Brasil

Oncogenética traz novidades de diagnóstico com importantes consequências para a classificação de risco

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A médica geneticista, coordenadora do departamento de oncogenética do Hospital Sírio Libanês e cientista adjunta do National Institute of Health (NIH), Dra. Maria Isabel Achatz, falou sobre oncogenética no Precision Oncology 2019. Os testes para a detecção de marcadores genéticos específicos associados à carcinogênese fornecem uma base para a classificação de risco de pacientes com alta probabilidade de desenvolvimento de tumores.

A ocorrência de tumores hereditários vem associada a mutações em genes específicos, que podem ser detectados com crescente facilidade e a custos cada vez menores devido ao avanço tecnológico na área de biologia molecular. No Brasil, onde casos da síndrome de Li-Fraumeni — associada a um risco ao longo da vida de desenvolvimento de tumores próximo a 100% — têm uma incidência maior do que no resto do mundo (chegando a 0,3% da população nas regiões Sul e Sudeste), a incorporação de testes e do aconselhamento genético a pacientes traz uma possibilidade importante de redução de risco.

Especialmente para o câncer de mama, a detecção de marcadores associada ao monitoramento periódico e ao aleitamento materno têm o potencial de reduzir o risco de desenvolvimento da doença[FC1] , além de sinalizar a importância dos testes de diagnóstico genético também nos bebês. A oncogenética, estudo dos genes implicados em maior risco de desenvolvimento de tumores, foi o tema central da fala da Dra. Achatz para a Precision Oncology Review 2019, encontro que trata dos principais e mais atuais temas em Oncologia de Precisão, que ocorreu no dia 03 de agosto, em São Paulo (SP). O evento tem a organização educacional da Oncologia Brasil, com o apoio educacional da Dasa – GeneOne, Roche e Bayer.