Dra. Elisângela Carvalho, Coordenadora do Departamento de Radioterapia do Hospital São Rafael (Rede D’Or), comenta neste vídeo sobre algumas orientações para realização de radioterapia em pacientes de câncer de mama, e como esses tratamentos vêm evoluindo
Dra. Elisângela comenta sobre o panorama de tratamento com radioterapia no câncer de mama. As indicações são de caráter adjuvante, posteriores a cirurgia e quimioterapia, quando indicados aos pacientes, tendo como principal objetivo minimizar a taxa de recidiva loco-regional da doença. A especialista comentar que nos tratamentos mais conservadores contra câncer de mama, a grande maioria dos pacientes será submetido a radioterapia.
Os pacientes são elegíveis para receber radioterapia quando apresentam tumores maiores que 5cm, possuem acometimento ganglionar ou margem comprometida. A toxicidade da radioterapia se relaciona ao local irradiado, e hoje em dia, as tecnologias aplicadas para radioterapia visam, principalmente, o controle dos efeitos adversos (EA) sem que haja comprometimento do benefício clínico do tratamento.
A médica comenta, então, como são planejados hoje em dia os tratamentos com radioterapia e algumas das principais tecnologias utilizadas. Ela relata que a partir da utilização de tomografia computadorizada do tórax, é possível que o tratamento seja feito de forma tridimensional, controlando os volumes de interesse, e individualizados para cada paciente. Outra tecnologia importante neste contexto, é a radioterapia com intensidade modulada (IMRT), que permite o controle mais preciso da dose de tratamento, contribuindo com a minimização das áreas de superdosagem, que é o que basicamente leva a efeitos colaterais.
Outros avanços importantes foram acontecendo ao longo dos últimos anos e a partir de alguns estudos importantes, se consolidou o tratamento de radioterapia hipofracionada como um tratamento eficaz. É um tratamento realizado aos mesmos moldes do tratamento tradicional, porém sem aumentar a ocorrência de EAs, e que possibilita a realização do tratamento em metade do tempo convencional. O hipofracionamento trouxe benefícios para o paciente, permitindo que ele necessite se deslocar para realização da radioterapia menos vezes. Ou seja, há um benefício na qualidade de vida do paciente, sem trazer prejuízo na qualidade do tratamento.
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