Otimizando o tratamento de pacientes com câncer colorretal metastático KRAS selvagem - Oncologia Brasil

Otimizando o tratamento de pacientes com câncer colorretal metastático KRAS selvagem

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Nesta sessão de controvérsias, Dr. Diogo Bugano, Oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein e Dr. Allan Pereira, Oncologista do Hospital Sírio-Libanês, discutem quais são as melhores opções para o tratamento de terceira linha do câncer colorretal.

Existem opções limitadas de quimioterapias para o câncer colorretal, além de também não contar com muitas opções de terapias-alvo, sendo que o conceito de medicina de precisão ainda está evoluindo neste tipo de câncer. Neste vídeo, os especialistas discutem as principais terapias, e mais comuns, disponíveis para pacientes com câncer colorretal.  

Em geral, a maior parte dos pacientes com câncer colorretal metastático que é KRAS, NRAS e BRAF selvagem, recebem doublets de quimioterapia, como o esquema FOLFOX (fluorouracil + leucovorin + oxaliplatina) ou FOLFIRI (fluorouracil + leucovorin + irinotecan), por exemplo; além do inibidor de VEGF, bevacizumabe, e inibidores de EGFR, cetuximabe e panitumumabe. Quando o paciente chega em linhas tardias, ou terceira linha, ele já é refratário à maioria destes tratamentos. 

Neste cenário, os especialistas comentam que existem duas alternativas principais: redesafiar (rechallenge) o paciente a algum tratamento prévio ou oferecer drogas que foram aprovadas neste cenário, como o regorafenibe ou TAS-102 (trifluridina + cloridrato de tipiracila).  

Dr. Diogo ressalta que os pacientes, para serem elegíveis ao tratamento de rechallenge, precisavam ter tido boas respostas nas linhas anteriores, sendo então uma população bem selecionada que mais facilmente terá boas respostas na terceira linha.  

Já Dr. Allan comenta sobre um estudo de fase II que avaliou o uso de TAS-102 em comparação com TAS-102 mais bevacizumabe, e que demostrou um aumento na sobrevida livre de progressão, com uma toxicidade manejável, para os pacientes tratados com TAS-102 em combinação com bevacizumabe. Além disso, TAS-102 possui um boa tolerabilidade e baixa toxicidade, sendo uma opção interessante para pacientes mais frágeis e não elegíveis ao rechallenge. 

Referências:  

Pfeiffer P, et al., TAS-102 with or without bevacizumab in patients with chemorefractory metastatic colorectal cancer: an investigator-initiated, open-label, randomised, phase 2 trial. Lancet Oncol. 2020 Mar;21(3):412-420. doi: 10.1016/S1470-2045(19)30827-7. Epub 2020 Jan 27. PMID: 31999946. 

Grothey A, et al., Regorafenib monotherapy for previously treated metastatic colorectal cancer (CORRECT): an international, multicentre, randomised, placebo-controlled, phase 3 trial. Lancet. 2013 Jan 26;381(9863):303-12. doi: 10.1016/S0140-6736(12)61900-X. Epub 2012 Nov 22. PMID: 23177514.