Pesquisadores compartilham procedimento operacional padrão que preenche lacunas acerca da administração da terapia celular imune
A terapia celular imune efetora é relativamente recente e foi uma revolução no tratamento de várias doenças, pois permitiu a modificação em laboratório de linfócitos T, tornando-os mais eficientes no reconhecimento de antígenos. Uma outra abordagem ainda mais recente é a modificação desse tipo celular adicionando um receptor artificial CAR, também chamado de receptor de antígeno quimérico, fazendo os linfócitos se tornarem mais eficientes na identificação de proteínas cancerígenas. Assim, mesmo que já exista padrões internacionais de terapia celular imune estabelecidos pela FCAT-Fundação para acreditação de terapia celular, a falta de padronização sobre a administração de produtos celulares ainda traz muita insegurança aos profissionais de saúde, que não sabem quais protocolos seguir. Para sanar essas barreiras, os pesquisadores do estudo notaram a necessidade de padronização deste procedimento nas diferentes instituições.
Uma unidade de enfermagem em uma instituição credenciada, pioneira e experiente na administração de produtos celulares, desenvolveu um procedimento operacional padrão. Por sua vez, este consiste em primeiramente preparar o paciente com a colocação de um cateter intravenoso periférico de 18 a 20 G em uma veia competente. Depois, o enfermeiro deve fazer uma dupla verificação do produto celular congelado e iniciar de imediato a administração da pré-medicação. O produto celular é descongelado em banho-maria a 37°C, depois administrado por gravidade por uma linha de macro-gotejamento de fluxo livre com um adaptador de ponta em Y. Em seguida, um procedimento de retrolavagem é concluído duas vezes para garantir a entrega completa do produto. Durante a execução do procedimento é importante monitorar com frequência os sinais vitais do paciente.
Dessa forma, em conjunto com os protocolos de pesquisa, esse método de administração pode ser usado por profissionais da saúde de forma segura e eficaz. Também ficou demonstrado como o compartilhamento de informações entre a comunidade da saúde pode ser útil para preencher lacunas no conhecimento dos profissionais e suavizar as barreiras no exercício de seu trabalho.
Referências
Lenzo J. , et al. Nursing Research Unit Standard Operating Procedure to Guide Administration of Investigational Immune Effector Cell Therapy. 47Th ONS Congress. Paper 11944.
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