Panorama do FGFR na oncologia contemporânea - Oncologia Brasil

Panorama do FGFR na oncologia contemporânea

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O Dr. José Maurício Motta, da oncologia D’Or e do ICESP, aborda dois estudos apresentados no ASCO 2021 sobre esse tipo de mutação  

 

Em um estudo retrospectivo foram analisados dados de 414 pacientes com carcinoma urotelial avançado, para verificar os desfechos conforme a presença ou ausência de alterações em FGFR. Os padrões de tratamento foram semelhantes e os resultados independentes do tratamento também foram similares em relação à sobrevida livre de progressão (SLP).  

Ao avaliar, porém, o tipo de terapia recebida (quimioterapia (QT); Imunoterapia (IO) ; QT+IO), foi constatado que, entre os pacientes que receberam QT em primeira linha, não houve diferença significativa na SLP. No entanto, ao considerar o braço que recebeu IO de primeira linha, os pacientes com alterações de FGFR apresentaram duas vezes mais riscos de progressão de doença. Este dado vai ao encontro de outras análises retrospectivas indicando que pacientes com alterações de FGFR podem ter menos resposta à imunoterapia. O estudo em andamento, THOR, randomiza Erdafitinibe, um inibidor de FGFR, versus controle com Pembrolizumabe e vai ajudar a confirmar se, de fato, pacientes com FGFR mutado respondem menos à imunoterapia. 

Já no RAGNAR, estudo do tipo basket, pacientes com alterações de FGFR, independente da histologia, receberão tratamento com erdafitinibe, um inibidor de FGFR. Este estudo ja incluiu 5.600 pacientes, sendo que 3% deles apresentavam mutações/fusões em FGFR. No ASCO 2021, os pesquisadores trouxeram dados de prevalência, observando que havia alterações de FGFR em 19 tipos histológicos distintos, incluindo câncer de próstata, pâncreas e tumores de glândula salivar, além de colangiocarcinoma e gliomas de alto grau. Atualmente, os resultados de eficácia e segurança ainda não foram publicados. 

 

Referências: 

  1. ERDAFITINIB in locally advanced or metastatic urothelial carcinoma (mUC): Long-term outcomes in BLC2001. 
  2. A Study of Erdafitinib in Participants With Advanced Solid Tumors and Fibroblast Growth Factor Receptor (FGFR) Gene Alterations  

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