Pembrolizumabe no tratamento do câncer de mama inicial triplo negativo: do estudo clínico à prática clínica - Oncologia Brasil

Pembrolizumabe no tratamento do câncer de mama inicial triplo negativo: do estudo clínico à prática clínica

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Neste vídeo, Dr. André Mattar, mastologista, líder da Mastologia do Hospital da Mulher e Médico do grupo Oncoclínicas -SP, discute sobre os benefícios do imunoterápico pembrolizumabe no tratamento do câncer de mama triplo negativo (CMTN) inicial de alto risco, sob a ótica do estudo Keynote-522, exemplificando com um de seus casos da rotina clínica. Vale a pena conferir o conteúdo na íntegra! 

 

A proposta de um regime neoadjuvante objetiva, sobretudo, viabilizar a abordagem cirúrgica, especialmente em casos avançados, permitindo que essa cirurgia seja o mais conservadora possível. Um parâmetro importante que se consolidou ao longo do tempo nas grandes meta-análises e estudos clínicos foi a avaliação da resposta patológica completa (RPC) como uma variável associada com melhores intervalos livre de doença e sobrevida global.  

Frente a isso, estratégias terapêuticas que aumentem as taxas de resposta patológica completa, isto é, resposta completa em mamas e axilas, poderiam traduzir em melhores prognósticos clínicos e sobrevida duradoura. Assim, a adição de Pembrolizumabe à quimioterapia, demonstrou cerca de 65% de resposta completa, se destacando atualmente como o melhor tratamento neoadjuvante para o CMTN. 

A avaliação da performance de pembrolizumabe no contexto de CMTN foi realizada pelo estudo de fase III, Keynote-522, cujos resultados de cerca de 5 anos foram apresentados esse ano no ESMO Congress 2023. Nesse estudo, foram incluídos 1174 pacientes com CMTN de alto risco em estadiamento inicial sem tratamento anterior, independentemente da expressão de PD-L1.  As pacientes foram randomizadas 2:1, para pembrolizumabe+quimioterapia (n=784) e placebo+quimioterapia (n=390) para o regime de neoadjuvância, seguido de cirurgia e adjuvância. O estudo teve como desfechos principais a taxa de resposta patológica completa e a sobrevida livre de eventos (SLE), sendo a sobrevida global um desfecho adicional 

De modo geral, os resultados apresentados favorecem fortemente a adição de pembrolizumabe dada sua eficácia e perfil de segurança manejável. Pacientes que receberam pembrolizumabe apresentaram maiores taxas de RPC comprado ao grupo placebo, 64,8% vs. 51,2%. De modo similar, a taxa de sobrevida livre de eventos foi igualmente superior no grupo tratado com o imunoterápico, 81,3% vs. 72,3%. Pacientes tratados com pembrolizumabe apresentaram redução de 37% no risco de desenvolvimento de eventos como progressão da doença, recorrência local/distância, segundo primário ou óbito (HR=0,63; 95%CI: 0,49-0,81). 

Dr. André Mattar finaliza apresentado o desfecho clínico de sua paciente, e destaca a eficácia observada no estudo Keynote-522, cuja redução de eventos foi independente de RPC e cujos resultados de sobrevida global continuam em andamento. Acesse e confira! 

 

Referências: 

  1. Schmid P, et al. LBA18 – Pembrolizumab or placebo plus chemotherapy followed by pembrolizumab or placebo for early-stage TNBC: Updated EFS results from the phase III KEYNOTE-522 study. ESMO Congress 2023. 

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