Dra. Débora Gagliato, Oncologista Clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, comenta a primeira análise do estudo de fase 3 PENELOPE-B, apresentada no 2020 San Antonio Breast Cancer Symposium (SABCS).
Foram inscritas 1.250 pacientes que tiveram resposta inferior à patológica completa após quimioterapia neoadjuvante contendo taxano e depois randomizadas para receber terapia endócrina adjuvante padrão mais placebo ou terapia endócrina mais palbociclibe por um ano. Em um acompanhamento médio de 43 meses, nenhuma diferença na sobrevida livre de doença invasiva (SLDi) foi observada entre os braços (HR 0,93), um achado consistente entre os subgrupos.
Embora uma diferença absoluta de 4,3% tenha sido observada em dois anos para SLDi entre o braço palbociclibe e o braço endócrino sozinho (88,3% versus 84%, respectivamente), a diferença absoluta diminuiu para 0,6% em quatro anos (73% versus 72,4%). Da mesma forma, nenhuma diferença na sobrevida global (SG) foi observada entre a terapia endócrina mais palbociclibe e a terapia endócrina sozinha (HR, 0,87).
Pacientes na terapia endócrina mais o braço com palbociclibe tiveram significativamente mais eventos adversos de grau 3/4 (80% versus 20%), especialmente hematológicos de grau 3/4 (73% versus 1%) em comparação com pacientes no braço isolado de terapia endócrina.
Os dados demonstrados no estudo PENELOPE-B, portanto, não suportam a adição de 1 ano do agente palbociclibe à terapia endócrina, mostrando que o acompanhamento mais longo revela nenhum benefício de sobrevivência aos pacientes.
Referência:
Loibl S, Marmé F, Martin M, et al. Phase III study of palbociclib combined with endocrine therapy (ET) in patients with hormone-receptor-positive (HR+), HER2-negative primary breast cancer and with high relapse risk after neoadjuvant chemotherapy (NACT): First results from PENELOPE-B. Presented at: 2020 Virtual San Antonio Breast Cancer Symposium; December 8-11, 2020. Abstract GS1-02.
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