Dr. Pedro Galante, cientista molecular e pesquisador sênior do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa, aborda o uso da inteligência artificial (IA) no diagnóstico e na estratégia terapêutica. A aula é parte do módulo “Risco e detecção: a tecnologia em benefício do paciente”, do segundo dia do Precision Oncology Review 2020.
O médico inicia sua palestra explicando o conceito de medicina de precisão e mostra sua relação com a inteligência artificial, que pode ser usada em diagnósticos de doenças, além de auxiliar na definição de estratégias terapêuticas, em várias áreas da medicina, inclusive na oncologia.
Com a medicina de precisão e, mais especificamente, com o uso de testes moleculares que utilizam biópsia líquida ou sequenciamento de última geração (NGS), existe uma expectativa de que os diagnósticos sejam mais acurados e personalizados, comenta.
Já no tratamento, ele acrescenta, espera-se que o uso de inteligência artificial consiga oferecer estratégias mais eficazes, precisas e também mais individualizadas. Conforme exemplifica Dr. Galante, a IA pode descobrir quais combinações de drogas são mais adequadas e resultam em menos toxicidade para cada paciente, além de poder ajustar doses de drogas e tempo de tratamento para pessoa e/ou tipo de tumor.
A IA ainda tem, no entanto, algumas limitações, pondera. Para alimentar os algoritmos, é fundamental que os dados sejam precisos. Após mencionar outros pontos de atenção relacionados à tecnologia e sua aplicação na prática clínica, o cientista conclui que a integração da inteligência artificial deveria ser logo incorporada ao currículo médico e se tornar cada vez mais discutida, sobretudo no que diz respeito aos critérios éticos.
Alameda Campinas, 579 – Jardim Paulista, São Paulo – SP, 01404-100
CEO: Thomas Almeida
Editor científico: Paulo Cavalcanti
Redatora: Bruna Marchetti
© 2020 Oncologia Brasil
A Oncologia Brasil é uma empresa do Grupo MDHealth. Não provemos prescrições, consultas ou conselhos médicos, assim como não realizamos diagnósticos ou
tratamentos.