[VÍDEO] - Progressão do Câncer de Mama Lobular e Mecanismos de Resistência Endócrina - Oncologia Brasil

[VÍDEO] – Progressão do Câncer de Mama Lobular e Mecanismos de Resistência Endócrina

2 min. de leitura

Chefe do Laboratório de Pesquisa Translacional em Câncer de Mama do Institut Julis Bordet, a oncologista belga Dra. Christine Desmedt, comentou estudo encabeçado por seu grupo que foi apresentado no San Antonio Breast Cancer Symposium, que ocorre de 04 a 08 de dezembro em San Antonio (EUA).

Inicialmente a Dra. Desmedt relembrou os esforços prévios para caracterização genômica, imune e de expressão gênica de carcinoma lobular de mama (CLM) e a escassez de conhecimentos moleculares acerca da doença metastática. O estudo atual encontrou diferenças importantes entre o perfil genômico desses tumores e aquele encontrado em tumores luminais. Algumas mutações mostraram-se menos presentes nos CLM, como alterações nos genes TP53 e GATA3, enquanto outras são mais frequentes nesse subtipo de câncer, como CDH1 e HER2. Também foram comparados os perfis moleculares dos tumores primários e de suas respectivas metástases, buscando compreensão sobre as alterações que possivelmente estivessem relacionadas à evolução da doença metastática e à resistência à hormonioterapia vista em muitos desses tumores. Algumas mutações se mostraram presentes somente nas amostras das metástases, como aquelas nos genes AKT1, HER2, MAPK3 e ESR1. Deleções de TP53 e PTEN e amplificação de Ciclina D1 também foram alterações específicas da doença metastática. Algumas das alterações se mostraram significativamente associadas a prognóstico: alterações em HER2 parecem se correlacionar com menor sobrevida livre de recidiva e em TP53 estariam associadas a um pior prognóstico.

Em relação aos perfis imunológicos, a pesquisadora comentou ainda que os achados sugerem que aqueles pacientes que apresentaram recorrências tinham, em sua maioria, tumores com menor grau de infiltração linfocitária. Já na comparação dos primários com suas respectivas metástases, foi evidenciado que algumas tinham níveis ainda menores de infiltrado linfocitário que seus tumores de origem. A Dra. Christine Desmedt ainda encorajou os médicos a sempre buscar amostras das metástases desses tumores e a realizar avaliação genômica das mesmas, para que uma cada vez maior compreensão dos mecanismos moleculares dessa doença seja possível.

 

A Oncologia Brasil está realizando a cobertura do SABCS 2018, diretamente de San Antonio (EUA).

Confira a cobertura completa em www.oncologiabrasil.com.br/sabcs-2018.