Risco cardiovascular em pacientes sobreviventes de câncer de mama - Oncologia Brasil

Risco cardiovascular em pacientes sobreviventes de câncer de mama

Risco cardiovascular em pacientes sobreviventes de câncer de mama
< 1 min. de leitura

A melhora da detecção precoce e tratamento do câncer de mama têm levantado preocupações acerca das pacientes que tiveram este diagnóstico e foram curadas. Uma questão especial é o risco cardiovascular, uma vez que muitas pacientes têm fatores de risco previamente ao diagnóstico, combinados com os efeitos cardiotóxicos diretos do tratamento.

Um estudo publicado no Journal of Clinical Oncology quantificou a gordura visceral, subcutânea e intramuscular de 2943 pacientes com câncer de mama não metastático sem doença cardiovascular (DCV) prévia através de tomografia computadorizada, e avaliou associação com eventos cardiovasculares (IAM, AVC, insuficiência cardíaca, e outros).

A mediana de idade das pacientes era 56 anos, e durante um seguimento mediano de 6 anos, ocorreram 328 eventos de DCV. O aumento na gordura visceral ou intramuscular foi associado com um aumento do risco cardiovascular (HR 1,15 e 1,21). O excesso de gordura visceral e intramuscular ocorreu em todas as subcategorias de índice de massa corporal (IMC).  A associação do IMC com o aumento do risco cardiovascular foi não linear. Em pacientes com IMC normal após o tratamento do câncer de mama, o excesso de gordura visceral foi associado a um aumento do risco de eventos cardiovasculares de 70% (HR 1,70; IC 95% 1,2 a 2,42).

Estes dados alertam para uma forma mais sensível de avaliação do risco cardiovascular através da detecção de excesso de gordura visceral e intramuscular. Este método é particularmente importante para pacientes não comumente rastreadas nesta situação, como as com IMC normal.

Confira a publicação completa.