Análise de 2 estudos apresentados na ASCO-GU sugerem que pacientes jovens e do sexo feminino são mais propensos a apresentarem medo de recorrência da neoplasia. Já pacientes mais idosos e os que estão recebendo tratamento de 1º ou 2º linha tendem a apresentar compreensão imprecisa sobre seu prognóstico.
No primeiro, 1150 pacientes dos quais 412 possuíam câncer renal localizado, por um período de 2 meses, participaram de uma pesquisa online sobre o medo de recorrência através da ferramenta FCR-7 que continha 7 itens, pontuando de 0 a 28. Scores acima de 17 classificava como medo de recorrência moderado e 27 como medo grave. Cerca de 80% dos pacientes que responderam a pesquisa eram mulheres, a idade média foi de 54 anos e 58% tinham bom nível de educação.
A maioria dos pacientes apresentavam diagnóstico de carcinoma de células renais EC I. 55% reportaram medo moderado a grave de recorrência, principalmente entre pacientes jovens e do sexo feminino, possivelmente relacionado ao fato de as mulheres serem mais propensas a revelarem seus sintomas emocionais e os jovens pela expectativa das vivências futuras. Os pesquisadores concluíram que avaliações e intervenções direcionadas são necessárias no futuro para lidar com o medo de recorrência entre pacientes com carcinoma de células renais.
Já o segundo estudo, coordenado por Decat Bergero, pesquisadores, buscou identificar os fatores clínicos associados com a expectativa de cura em pacientes com cânceres urológicos. Foram analisados pacientes com diagnóstico de doença incurável e a expectativa de cura foi mensurada em 4 categorias: 1) Cura muito provável e varia entre 75-100%; 2) Cura provável e varia entre 51% a 75%; 3) Cura é possível e varia de 26% a 50%; 4) Cura não é possível e varia de 0% a 25%. Dos 140 pacientes analisados, 66% eram homens e 70% eram brancos, 66% tinham diagnóstico de câncer renal, 20% de bexiga e 14% com câncer de próstata avançados.
Aproximadamente ¾ estavam recebendo 1º ou 2º linhas de tratamento. 47% dos pacientes tinham uma expectativa imprecisa, variando entre 25% e 100%. Estes pacientes eram mais propensos a serem idosos e a receberem 1º ou 2º linha. Os autores concluíram que esse grupo de pacientes pode ser o ideal para um aconselhamento mais extenso sobre o prognóstico de sua doença.
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