Rucaparibe como terapia de manutenção em casos de câncer de pâncreas avançado - Oncologia Brasil

Rucaparibe como terapia de manutenção em casos de câncer de pâncreas avançado

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Inibidor de PARP foi utilizado como terapia de manutenção com 600mg duas vezes ao dia até progressão de doença. Os resultados envolvendo sobrevida livre de progressão, sobrevida global e tolerância ao tratamento são promissores.  

O inibidor da PARP rucaparibe foi testado como terapia de manutenção em um ensaio de fase II, aberto, de braço único, não-mascarado, com 42 pacientes com mutações somáticas ou germinativas envolvendo os genes BRCA 1, BRCA2 e PALB2 em casos avançados de câncer de pâncreas sensível à platina. 

O estudo teve como endpoint primário a sobrevida livre de progressão (SLP) em seis meses, mas também avaliou segurança, taxa de resposta objetiva, controle de doença, duração de resposta e sobrevida global. 

Dos 42 pacientes eleitos, 27 tinham mutação em BRCA2, sete em BRCA1 e oito em PALB2.  Apenas dois pacientes com mutação em PALB2 possuiam mutação somática, sendo que 40 apresentaram outras mutações germinativas. A SLP em seis meses foi de 59,5% (IC 95%, 44,6- 74,4) e a sobrevida global média foi de 23,5 meses (IC 95%; 20-27). A SLP média foi de 13,1 meses (IC95%; 4,4-21,8). Não houve diferença significativa de resposta entre cada mutação.  

Os autores do estudo observam que há, cada vez mais, evidências de que rucaparibe é uma droga com eficiência e segurança para esses pacientes. Os resultados do estudo mostram uma eficácia que acarretará ganho de sobrevida para os pacientes candidatos à terapia. São necessários, no entanto, estudos mais robustos para aumentar o grau de evidência científica na aplicabilidade clínica.  

 

Referências:

  1. Hofstatter EW, Domchek SM, Miron A, et al. PALB2 mutations in familial breast and pancreatic cancer. Fam Cancer. 2011;10(2):225-231. doi:10.1007/s10689-011-9426-1
  2. Phase II Study of Maintenance Rucaparib in Patients With Platinum-Sensitive Advanced Pancreatic Cancer and a Pathogenic Germline or Somatic Variant in BRCA1, BRCA2, or PALB2 Kim A. Reiss, Rosemarie Mick, Mark H. O’Hara, Ursina Teitelbaum, Thomas B. Karasic, Charles Schneider, Stacy Cowden, Traci Southwell, Janae Romeo, Natallia Izgur, Zain M. Hannan, Rashmi Tondon, Katherine Nathanson, Robert H. Vonderheide, Max M. Wattenberg, Gregory Beatty, and Susan M. Domchek Journal of Clinical Oncology 0 0:0

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