Neste vídeo, a Dra. Carla Boquimpani, Diretora Técnica da Fundação Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do RJ e Líder em Hematologia do Grupo Oncoclínicas Brasil, comenta sobre o uso de asciminibe como uma escolha clínica significativa, proporcionando eficácia positiva e boa tolerabilidade em pacientes que enfrentaram insucessos em tratamentos prévios da leucemia mieloide crônica.¹ ² Acesse e confira na íntegra!
A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma neoplasia mieloproliferativa que se desenvolve de forma lenta e progressiva. Desde o lançamento da terapia com inibidores da tirosina quinase (TKIs, do inglês: Tyrosine Kinase Inhibitors) pacientes com LMC têm experimentado uma expectativa de vida prolongada. No entanto, como a LMC demanda terapia contínua, destaca-se a importância de TKIs com eficácia duradoura e baixa incidência de eventos adversos (EAs), além de uma menor propensão ao desenvolvimento de resistência e intolerância que possam resultar na descontinuação do tratamento.
O asciminibe é um TKI projetado para inibir a proteína de fusão BCR::ABL1, um elemento crucial na LMC. Com eficácia e segurança previamente comprovadas, novos resultados dos ensaios clínicos X2101 (Fase 1) e ASCEMBL (Fase 3) foram apresentados na 65ª edição do encontro e exposição anual da American Society of Hematology (ASH) que ocorreu entre 9 e 12 de dezembro de 2023, em San Diego, na Califórnia.¹ ²
Em ambos os ensaios, foram incluídos pacientes com LMC em fase crônica, recidivados, refratários, intolerantes ou que apresentaram ausência de eficácia após pelo menos 2 tratamentos anteriores com TKIs.¹ ²
No estudo X2101, 115 pacientes com cromossomo Philadelphia positivo (Ph+), sem a mutação T315I e com status de desempenho ECOG entre 0 e 2, foram recrutados entre abril/2014 e março/2023 para receberem monoterapia com doses iniciais de 10-200mg de asciminibe 2x/dia ou 80-200 mg 1x/dia.¹
O tempo máximo de tratamento foi de 8,4 anos (média: 5,9 anos) em todas as doses iniciais. Até o ponto de corte (março/2023), 65,1% dos pacientes haviam alcançado resposta molecular maior (RMM) com a maioria das respostas observadas na semana 48 e taxas cumulativas de RMM em ascensão até a 144ª semana. O tempo médio até à RMM foi de 58,3 semanas (variação: 2 a 360) entre os pacientes que atingiram RMM mas não estavam em RMM no momento da triagem. Dentre os 56 pacientes que alcançaram RMM, a maioria (50) manteve ou apresentou melhora na resposta até o ponto de corte dos dados. Nas semanas 24, 48 e 96, respectivamente, 18,9%, 17,9% e 23,6% dos pacientes atingiram RM4 e 13,2%, 15,1% e 18,9% alcançaram RM4,5. Os EAs mais frequentes incluíram artralgia (40,9%), aumento da lipase (39,1%), fadiga (38,3%) e dor de cabeça (38,3%). A descontinuação do tratamento devido a ocorrência de EAs ocorreu em apenas 13% dos pacientes.¹
Já no estudo ASCEMBL, além da terapia com 40 mg de asciminibe 2x/dia (157 pacientes), a randomização 2:1 também incluiu um grupo de 76 pacientes que receberam 500mg de bosutinibe 1x/dia.²
Na semana 156, o tratamento com asciminibe resultou em RMM de 33,8% vs. 10,5% no braço bosutinibe, com diferença de 23,2% após ajuste para a resposta citogenética principal basal (intervalo de confiança [IC]: 95%; 13,1%-33,2%; p<0.001). Além disso, a taxa de BCR::ABL1IS ≤1%, foi mais elevada no asciminibe do que no tratamento com bosutinibe (43,0% vs. 11,1%), também neste mesmo período. Em relação à segurança, EAs de grau ≥3 mais comuns (≥10%) incluíram trombocitopenia (22,4% vs. 9,2%), neutropenia (18,6% vs. 14,5%), diarreia (0% vs. 10,5 %) e aumento da alanina aminotransferase (0,6% vs. 14,5%), respectivamente: asciminibe vs. bosutinibe.²
O estudo também incluiu um grupo distinto de 25 pacientes que sofreu falha no tratamento enquanto estava em uso de bosutinibe e que fez a transição para o asciminibe. Até a 48ª semana pós-transição, nenhum dos pacientes atingiram RMM, mas 24% atingiram BCR::ABL1IS ≤10% e 8% alcançaram BCR::ABL1IS ≤1% na 48ª semana. O perfil de segurança foi consistente com o dos pacientes que receberam asciminibe no período de randomização.²
Com base nos resultados dos ensaios X2101 e ASCEMBL, conclui-se que o tratamento com asciminibe é eficaz, evidenciado pelo alcance de taxas elevadas de RMM pelos pacientes. Quando comparado ao tratamento com bosutinibe, o asciminibe continuou a demonstrar maior eficácia em pacientes com LMC em fase crônica após falha em ≥2 TKIs anteriores. Além disso, os tratamentos prolongados com asciminibe não apresentaram problemas de segurança novos ou agravados, respaldando sua relevância clínica como uma opção altamente eficaz e segura para pacientes com LMC em fase crônica resistente, intolerante ou refratária.¹ ²
Referências:
Acesse aqui> a bula de ScemblixTM na íntegra.
BR-29477
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