Sotorasibe no tratamento do câncer de pulmão: Inovação e desafios no manejo da mutação KRAS G12C

Nesse episódio, o Dr. Marcelo Corassa, Médico Oncologista e Pesquisador Clínico na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e Dr. Guilherme Harada, Médico Oncologista e Coordenador de Pesquisa Clínica em Oncologia do Hospital Sírio Libanês, discutem em profundidade o uso de inibidores de KRAS G12C, com foco no sotorasibe, uma inovação no tratamento do câncer de pulmão. 

Neste episódio, os especialistas abordam a mecânica única do sotorasibe, que não é um inibidor de tirosina quinase, mas sim um inibidor covalente e irreversível da GTPase KRAS G12C, em sua forma inativa (RAS-OFF). Eles detalham a complexidade de inibir a KRAS e as nuances que a diferenciam de outras terapias-alvo, como os inibidores de EGFR, destacando a dificuldade do mecanismo e a heterogeneidade das vias de resistência que influenciam os resultados, principalmente aqueles que são fumantes. 

A eficácia do sotorasibe é comparada a tratamentos convencionais, como o docetaxel, e os doutores discutem suas vantagens, como a administração oral, que oferece maior comodidade e melhora a qualidade de vida dos pacientes. Mesmo com uma eficácia mais modesta em relação a outras terapias, o sotorasibe se destaca como uma valiosa alternativa para pacientes com mutação KRAS G12C, especialmente aqueles que falharam em tratamentos prévios com quimioterapia e imunoterapia. 

Além disso, o episódio explora os desafios clínicos, como o risco de hepatotoxicidade, e as possíveis estratégias para mitigar esses efeitos, além das investigações sobre combinações terapêuticas que podem otimizar os resultados para os pacientes. Importante destacar que o sotorasibe já está aprovado no Brasil, oferecendo uma opção terapêutica relevante e necessária para pacientes que apresentam essa mutação, especialmente em um cenário de terapias previamente falhadas. 

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