[VÍDEO] - Sunitinibe isolado ou após nefrectomia – Estudo CARMENA - Oncologia Brasil

[VÍDEO] – Sunitinibe isolado ou após nefrectomia – Estudo CARMENA

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CARMENA TRIAL – Estudo apresentado na plenária da ASCO 2018, como um dos 4 estudos mais importantes do congresso. Um estudo que muda o padrão de tratamento dos pacientes com câncer de rim metastático em pacientes com risco intermediário ou alto.

Isso porque há mais de 20 anos o padrão de tratamento desses pacientes foi determinado de que a cirurgia (nefrectomia) associada a tratamento sistêmico, que na época era o interferon, era melhor do que apenas interferon. E apesar dos novos resultados, aprovação das terapias alvo a partir de 2005 (sunitinib e sorafenibe) e ultimamente novas combinações de tratamento como imunoterapia, inibidores de VEGF e MET mesmo assim mantivemos o mesmo padrão de tratamento.

Existiam estudos retrospectivos, análises de bases de dados e metá-analises que favoreciam também o tratamento cirúrgico combinado ao tratamento sistêmico como melhor opção mesmo na nova era de tratamento. Então o CARMENA TRIAL, estudo Europeu, realizado em 79 centros na Europa, com em média 500 pacientes, randomizou pacientes elegíveis para nefrectomia e tratamento sistêmico, de risco intermediário ou alto para receber SUNITINIBE com ou sem nefrectomia previa. Os pacientes eram classificados com as categorias de risco do MSKCC, eram 55% risco intermediário e 43% risco alto.

O estudo tinha como objetivo principal avaliar benefício de sobrevida global, se o tratamento sistêmico sozinho seria inferior ao tratamento padrão, que seria a nefrectomia seguida por sunitinibe. O resultado do estudo favoreceu o braço de SUNITINIBE isolado, então SUNITINIBE não é inferior a nefrectomia, com uma mediana de sobrevida global de 18,5 meses, versus 13,5 meses no braço da nefrectomia mais sunitinibe. Assim temos um novo padrão de tratamento pra esses pacientes, de risco intermediário e alto. A nefrectomia não deve mais ser uma prioridade no tratamento nos pacientes metastáticos que vão iniciar o tratamento sistêmico, principalmente para pacientes com muito volume de doença metastática ou mesmo pouco volume, mas com risco intermediário a alto de progressão de doença. Esses pacientes devem ter a oportunidade de a decisão do tratamento ser discutida num centro de referência onde essa discussão possa ser realizada em um time multidisciplinar.

E lembrar também que o SUNITINIBE ainda tem papel na primeira linha de tratamento para esses pacientes.

Dra. Ana Paula Cardoso é Oncologista do Centro de Oncologia e Hematologia Einstein com grande expertise na área do tratamento de câncer geniturinário.

Mais informações em http://www.ascopost.com/News/58905

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