Surufatinibe promove ganho de sobrevida em tumor neuroendócrino pancreático avançado - Oncologia Brasil

Surufatinibe promove ganho de sobrevida em tumor neuroendócrino pancreático avançado

Surufatinibe promove ganho de sobrevida em tumor neuroendócrino pancreático avançado
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Tumores neuroendócrinos (TNEs) abrangem uma extensa e heterogênea família de neoplasias raras e apesar das diversas opções terapêuticas já desenvolvidas permanece ainda a necessidade de otimização terapêutica.

Surufatinibe é um potente inibidor de tirosina quinase para múltiplos alvos (VEGFR1, VEGFR2, VEGFR3, FGFR1 e CSF-1R) que em estudo fase Ib/II teria demonstrado resultados promissores para TNE avançado. Neste contexto, o estudo fase III SANET-p com 195 pacientes chineses com tumor neuroendócrino pancreático (TNEp) avançado baixo ou intermediário grau previamente tratados foram randomizados (2:1) para 300 mg de surufatinibe por dia ou placebo. O critérios de elegibilidade determinavam indivíduos que deveriam ter sido previamente tratados com não mais do que duas linhas (incluindo análogos de somatostatina, interferon, terapia radio-guiada, inibidor de mTOR ou quimioterapia), doença mensurável com documentação radiológica nos últimos 12 meses antes da randomização, ECOG 0 ou 1, expectativa de sobrevida ≧12 semanas e função hematológica favorável.

O objetivo primário foi de sobrevida livre de progressão (SLP) e o estudo foi prematuramente interrompido uma vez atingido seu principal objetivo em uma análise pré-planejada. Foram observadas taxas de resposta na ordem de 19% (IC 95%, 9%-34%) na coorte de TNEp e 15% (IC 95%, 6%-31%) na coorte de TNE extra-pancreática além de medianas de SLP de 21,2 meses (IC 95%, 15,9m-24,8m) e 13,4 meses (IC 95%, 7,6m-19,3m). Sobre dados de segurança, hipertensão, proteinúria, hiperuricemia e hipertrigliceredemia, diarreia e aumento de transaminases foram as principais toxicidades com grau maior ou igual a 3.

Diante da relevância dos dados, a agência regulatória americana Food and Drug Administration (FDA) dos EUA concedeu a designação de “medicamento órfão” assim como Agência Nacional de Produtos Médicos (NMPA) da China aprovou a designação de revisão prioritária deste medicamento.

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