A última edição do J Clin Oncol. trouxe a publicação de um novo estudo de fase III, que comparou estratégias adjuvantes de radioterapia (RT) pélvica, em doses de 45 a 50,4 Gy, ao tratamento com braquiterapia (BRT) seguida de 3 ciclos de quimioterapia (QT) com carboplatina e paclitaxel, a cada 21 dias, para pacientes com câncer de endométrio inicial.
O estudo recrutou mulheres pós-histerectomia, com tumores de histologia endometrioide e estádios I, com critérios de risco intermediário ou alto do GOG-33, ou II e com tumores serosos ou de células claras estádios I ou II. Ao todo, 601 pacientes foram randomizadas entre os dois braços, das quais 71% tinham neoplasias com histologia endometrioide e 74% apresentavam doença no estádio I.
Após seguimento mediano de 53 meses, a sobrevida livre de recorrência em 60 meses foi de 70% para ambos os braços, com IC 95% 0,70-0,81 tanto para RT quanto para BRT/QT (HR 0,92). A sobrevida global em 60 meses foi de 0,87 para RT e 0,85 para BRT/QT (HR 1,04). O número de recorrências vaginais e à distância foi similar entre os dois grupos, mas as recorrências pélvicas ou para-aórticas foram mais comuns no braço de BRT/QT (9% vs. 4%).
O estudo foi negativo para seus desfechos principais, não conseguindo demonstrar superioridade da estratégia de BRT/QT à de RT. Além disso, houve maior toxicidade aguda no braço experimental. Os achados reforçam o papel da RT pélvica como tratamento adjuvante de escolha para pacientes com câncer de endométrio inicial, mas que apresentem alto risco de recidiva. Você pode conferir a publicação original aqui.
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