Update de 8 anos do KATHERINE Trial: trastuzumabe entansina oferece ganho de sobrevida global e de sobrevida livre de doença invasiva - Oncologia Brasil

Update de 8 anos do KATHERINE Trial: trastuzumabe entansina oferece ganho de sobrevida global e de sobrevida livre de doença invasiva

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Neste vídeo, o Dr. Max Mano, Médico Oncologista atualmente trabalhando no setor privado discute com o Dr. André Mattar, Mastologista no Grupo Oncoclínicas e Líder da Mastologia do Hospital da Mulher, sobre os resultados do update de 8 anos do follow-up do estudo KATHERINE apresentados no SABCS 2023®, que coloca o trastuzumabe entansina (T-DM1) como importante opção terapêutica para o tratamento de câncer de mama early stage HER2+ com doença residual invasiva pós terapia neoadjuvante. Acesse e confira! 

Pacientes com câncer de mama early stage HER2+ tratados com quimioterapia neoadjuvante + terapia alvo anti-HER2 podem apresentar doença residual invasiva, o que aumenta o risco de recorrência e óbito. Para esse grupo de pacientes a terapia padrão pós-cirurgia é a terapia anti-HER2 por um ano e, ao menos, 5 anos de terapia endócrina adjuvante. Mediante resultados anteriores de boa eficácia e segurança, o trastuzumabe emtasina (T-DM1) é avaliado no estudo KATHERINE mediante a hipótese de que esse fármaco poderia beneficiar pacientes com câncer residual invasivo detectado na ressecção da mama ou linfonodos axilares. O estudo de fase III, portanto, compara T-DM1 adjuvante com Trastuzumabe nesse perfil de pacientes. 

Apresentado na SABCS 2023, o estudo apresenta seus resultados finais (após 8,4 anos de follow-up) de sobrevida livre de doença invasiva e atualizações dos resultados de sobrevida global. Para essa análise, foram avaliados 1486 pacientes com câncer de mama early stage HER2+ randomizados em T-DM1 (n=740) e trastuzumabe (n=720). Após 8,4 anos de follow-up, 70,1% e 62% continuavam vivos, respectivamente. 

O tratamento com T-DM1 reduziu em 46% o risco de desenvolvimento de doença invasiva (HR = 0,54; 95%CI: 0,44-0,66), sendo os sítios de recorrência, a recorrência a distância, loco regional, contralateral e óbito sem eventos anteriores. Os dados mais maduros de sobrevida global seguem favorecendo T-DM1, que reduziu em 34% o risco de óbito (HR = 0,66; 95%CI: 0,51-0,87). Com relação ao perfil de segurança, nenhum novo sinal de toxicidade foi reportado, de modo que toxicidades graves ocorreram em 0,3% e 0,6% dos pacientes em T-DM1 e trastuzumabe, respectivamente. 

Os resultados do estudo KATHERINE demonstram melhor performance de trastuzumabe entansina em relação ao trastuzumabe evidenciando esse fármaco como possível padrão de tratamento para esses pacientes com doença residual invasiva após terapia neoadjuvante. 

Referências 

  1. von Minckwitz G, Huang CS, Mano MS, et al. Trastuzumab Emtansine for Residual Invasive HER2-Positive Breast Cancer. N Engl J Med. 2019.
  2. Loibl S, Mano M, Untch M, et al. [GS03-12] Phase III study of adjuvant ado-trastuzumab emtansine vs trastuzumab for residual invasive HER2-positive early breast cancer after neoadjuvant chemotherapy and HER2- targeted therapy: KATHERINE final IDFS and updated OS analysis. SABCS 2023. 

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