Neste vídeo, Dra. Ana Paula Cardoso, oncologista clínica no Hospital Israelita Albert Einstein e especialista no tratamento de tumores do trato geniturinário, fala sobre a sua experiência clínica no tratamento de pacientes com câncer de próstata
Durante décadas, a terapia de privação androgênica baseada em agonistas do hormônio liberador do hormônio luteinizante, representou um padrão de tratamento em homens com câncer de próstata avançado, suprimindo a testosterona no sangue para níveis de castração na grande maioria dos pacientes. O acetato de leuprorrelina, um agonista do GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas), é o medicamento mais prescrito de sua classe. Esta molécula está aprovada para o tratamento do câncer de próstata sensível a castração desde a década de 80.
No vídeo, a especialista relata sua experiência clínica com a utilização deste medicamento. Segundo Dra. Ana Paula, o médico deve ficar atento aos sinais laboratoriais do seu paciente ao iniciar o bloqueio hormona – já que o paciente necessita de, em média, 21 dias para atingir níveis de testosteronas compatíveis com a castração hormonal (menor que 20 ng/dL).
No consultório, o bloqueio hormonal pode ser utilizado para pacientes em tratamento para doença curativa, cuja terapia pode levar de 6 meses até 3 anos. Ademais, o bloqueio hormonal também pode ser utilizado para pacientes com doença avançada, que necessitam de um acompanhamento por tempo indeterminado.
A especialista ainda aborda questões importantes que devem ser levadas em consideração durante a escolha do agonista de GnRH, e ainda, como é feita a decisão clínica para realização da castração cirúrgica.
Segunda a doutora, a castração cirúrgica também é um método adequado e bastante eficaz, cujo principal ponto negativo é o fato de não ser reversível. Desta forma, é interessante que o médico teste a tolerância do paciente ao tratamento de bloqueio hormonal primeiro, antes de realizar o método não reversível. Já que, muitas vezes, o paciente não tolera os efeitos adversos da castração.
Para o tratamento hormonal existem diversas posologias que podem ser utilizadas: mensal, trimestral e semestral (esta de 45mg). Uma vez que o paciente esteja respondendo bem ao bloqueio hormonal, a posologia semestral é bastante benéfica, pois esse regime traz a comodidade ao paciente, possibilitando-o fazer um acompanhamento com intervalos maiores, sem a necessidade de ser submetido a diversas administrações da medicação. Além disso, a posologia de 45mg também pode ser utilizada para pacientes com doença mais agressiva.
Dra. Ana Paula relata o caso de um paciente que obteve resultados clínicos muito bons com a utilização desta conduta terapêutica.
Vale a pena assistir ao vídeo e conferir o relato completo!
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