[VÍDEO] – Desintensificação do tratamento de tumores de orofaringe

A palavra ‘desintensificação’ foi usada pelo médico oncologista Dr. Gilberto de Castro Junior, do Hospital Sírio-Libanês e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, ao falar sobre o abstract 6003 apresentado em sessão oral no ASCO 2018.

O abstract investigou essa estratégia considerada muito importante para o tratamento de pacientes de câncer de cabeça e pescoço, especialmente em tumores de orofaringe positivos para o HPV. “A desintensificação do tratamento desses tumores tem como objetivo manter a alta sobrevivência livre de doença desses pacientes, com qualidade de vida”, explicou Castro, que integra o Grupo Brasileiro de Cabeça e Pescoço (GBCP).

O estudo investigou a estratégia de cirurgia isolada naqueles pacientes com carcinoma epidermoide de orofaringe de estágio I. O resultado foi positivo porque garantiu uma baixa sobrevida livre de recidiva.

Castro também falou sobre o abstract 6004, estudo fase 2 que investigou quimioterapia de indução, seguida por cirurgia transoral como tratamento definitivo para os tumores de orofaringe localmente avançados.

Os pacientes eram submetidos a dois ciclos de quimioterapia de indução; em seguida, submetidos ao terceiro ciclo e depois operados. “Para garantir que o paciente seria operado e não tratado imediatamente com quimioterapia e radioterapia, ele deveria ter uma redução de seu volume de tumor de 80%, a fim de garantir a factibilidade na segurança dessa proposta”, acrescentou o especialista.

Ao concluir, Castro enfatizou ser possível eliminar o tratamento adjuvante com radioterapia em pacientes de bom prognóstico com tumor de orofaringe com HPV positivo, garantindo o bom controle local e reduzindo as sequelas futuras.

Assista o vídeo com o Dr. Gilberto de Castro Junior:

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