[VÍDEO] - Maior estudo de mutações genéticas germinativas em mulheres com Câncer de Mama - Oncologia Brasil

[VÍDEO] – Maior estudo de mutações genéticas germinativas em mulheres com Câncer de Mama

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O Dr. Bernardo Garicochea, oncologista clínico e hematologista do Centro Paulista de Oncologia – Grupo Oncoclínicas, comentou o estudo CARRIERS, apresentado pelo Dr. Fergus Couch (Mayo Clinic) no San Antonio Breast Cancer Symposium, que ocorre de 04 a 08 de dezembro em San Antonio (EUA).

Utilizando como ponto de partida um painel genômico que identificava alterações em 20 dos genes mais comuns associados a maior predisposição a câncer de mama, o estudo comparou 19.228 pacientes com histórico de câncer de mama com 20.211 indivíduos sem câncer (grupo controle) quanto à presença de mutações germinativas. O Dr. Bernardo ressaltou que esse é o maior estudo dessa natureza já realizado até o momento, sendo o único dessa magnitude que procurou avaliar a frequência e os tipos de alterações germinativas do DNA na população geral não-oncológica. Os dados foram reunidos de uma somatória de coortes de estudos diversos, as quais foram analisadas em conjunto.

O Dr. Bernardo Garicochea informou que, nas pacientes com câncer de mama, a frequência de mutações germinativas nos genes avaliados foi de 4,2%, enquanto que, na população geral, essas alterações se mostraram presentes em 1,6% dos indivíduos. No grupo de mulheres com menos de 50 anos de idade e histórico de câncer, essa frequência foi de quase 8%. O oncologista levanta a possibilidade de que painéis germinativos sejam realizados de rotina no acompanhamento de pacientes com câncer de mama, dada a prevalência das alterações genéticas nessa população e os possíveis impactos sobre o tratamento e o seguimento relacionados a se conhecer a existência dessas mutações.

A Oncologia Brasil está realizando a cobertura do SABCS 2018, diretamente de San Antonio (EUA).