[VÍDEO] - Importância da doença residual mínima no tratamento da LLC - Oncologia Brasil

[VÍDEO] – Importância da doença residual mínima no tratamento da LLC

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Dr. Glaciano Ribeiro, médico hematologista do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais e da Clínica Hematológica, resumiu para o Oncologia Brasil os principais pontos dos resultados de estudos com pacientes de leucemia linfoide crônica (LLC).

O estudo mostrou a importância da doença residual mínima, ou seja, quando o paciente é tratado com o objetivo de diminuir a quantidade de leucemia na medula óssea e no sangue periférico a valores indetectáveis no exame comum, e procura encontrar na doença residual mínima uma célula para cada mil células pesquisadas, uma célula para cada 10 mil pesquisadas ou uma para cada 100 mil.

Trata-se do DRM de 10 a -3, -4, -5 (menos cinco, menos quatro etc.), sendo que algumas tecnologias chegam de 10 a -6.

Nesta edição do ASH, em San Diego, foram demonstrados resultados muito importantes de um estudo que combinou venetoclax com rituximabe por um período máximo de dois anos.

Esse estudo já havia sido publicado, e agora, no ASH, foi mostrado o primeiro follow up com seguimento com mais de um ano após o fim da terapia.

“Para surpresa de todos os pacientes que completaram o tratamento com venetoclax e rituximabe por dois anos, eles permaneceram livres da doença sem o uso da medicação, mostrando que, quanto mais profunda for a resposta alcançada por esses pacientes, melhor a sobrevida livre de progressão”, explicou Dr. Ribeiro, acrescentando que essas combinações estão mudando a história da LLC no mundo.

Também foi apresentado no ASH o resultado da combinação de obinutuzumabe, ibrutinibe e venetoclax em primeira linha de tratamento. Os pacientes tiveram taxa de doença residual pesquisando uma célula para cada 100 mil células de leucemia com DRM negativa para 70% dos doentes tratados com essa combinação.

“É um resultado fantástico, que torna muito provável a subida de segunda ou mais linhas de combinação de venetoclax e rituximabe para a primeira linha com uma vantagem muito grande, que é o fim da terapia dois anos após o início do tratamento, com os pacientes permanecendo livres de doença por um tempo ainda indeterminado, já que as medianas ainda não foram alcançadas.”

Assim Dr. Ribeiro resumiu a apresentação: o objetivo do tratamento para LLC é alcançar doença residual mínima cada vez mais profunda. Como mostrou resultado do estudo venetoclax e rituximabe, esses pacientes, ao fim do tratamento, permaneceram livres de doença devido à doença residual mínima. Esse é o futuro para os pacientes. Com a chegada do venetoclax no Brasil, os pacientes brasileiros alcançarão doenças residuais mínimas negativas, o que permitirá parar o tratamento, ficar livre de doença e livre do medicamento.