[VÍDEO] – Trabalho sobre alta carga mutacional em câncer de mama apresentado em sessão oral

O Dr. Romualdo Barroso, fellow do Danna Faber Institute, apresentou no congresso ASCO 2018, em sessão oral, um trabalho sobre alta carga mutacional em pacientes com câncer de mama. O estudo envolveu 4 mil pacientes de 8 cortes diferentes.

“Observamos que a frequência num todo de tumores com hipermutação é de 2%, com 3.5% aproximadamente em pacientes com doença metastática. Um outro ponto importante é que apenas uma minoria, cerca de 20% delas, apresentam instabilidade de microssatélites, mostrando que se procurarmos apenas por esse marcador, a gente vai perder essa população de pacientes com tumor hipermutado”, esclareceu o pesquisador.

Dr. Barroso lembrou que, há alguns anos, no tratamento do câncer de pulmão os avanços para conhecimento da doença, começaram com pequenos passos, encontrando pequenos grupos de pacientes para fazer medicina de precisão .

Considera-se, portanto, que um número que oscila entre 2 a 3,5% de pacientes com câncer de mama é um número absoluto muito alto, dada a grande prevalência desse tipo de câncer no mundo.

Nesse cenário, ele disse que é preciso validar a alta carga mutacional como um marcador preditivo de resposta a imunoterapia e isso deve ser feito através de um clinical trail para essa população específica.

Explicou que, junto com sua equipe, está trabalhando neste projeto no Danna Faber Institute e, que, até o início do ano que vem, esse ensaio clínico deverá estar aprovado e iniciando o recrutamento de pacientes.

Ao concluir, Dr. Barroso deixou esta mensagem: “Precisamos entender mais a biologia do câncer de mama e encontrar biomarcadores para selecionar de maneira mais racional, os pacientes para imunoterapia”.

Assista o vídeo com o Dr. Romualdo Barroso:

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