A sessão mais importante sobre leucemia mieloide crônica (LMC), na avaliação do Dr. Renato Centrone, médico hematologista do Instituto Hemomed, foi a apresentação oral do grupo brasileiro de LMC, com 400 pacientes, incluindo os grupos italiano e argentino. Trata-se de um estudo comparativo entre Glivec e imatinibe genérico. Um estudo importante, uma vez que, no Brasil, a maioria dos serviços de hematologia e hemoterapia usa os medicamentos genéricos.
Foi observado, num seguimento de 24 meses, uma diferença estatística em relação à sobrevida global e sobrevida livre de progressão da doença e de eventos. Dr. Centrone disse que esses resultados precisam ser melhor categorizados em follow up mais longo. O estudo trouxe também, segundo ele, a possibilidade de analisar a performance dos genéricos em relação aos medicamentos de marca.
A pesquisa avaliou ainda os dados da farmacoeconomia e de segurança com o uso dos genéricos. Os aspectos epidemiológicos também foram destacados no estudo, mostrando que pacientes que têm transcritos b 2 a 2 têm mais taxas de recaída na descontinuação e menos taxa de obtenção e resposta molecular. Esse dado é muito importante porque boa parte da população brasileira apresenta esse transcrito, na avaliação do Dr. Centrone. Ele acredita que, para a prática nacional, “vamos precisar estabelecer prontamente uma estrutura de coleta de PCR rotineira de cobertura ampla para estabelecermos a descontinuação, minimizando efeitos colaterais e proporcionando conforto com resposta molecular sustentada na ausência de medicação”.
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