A oncologista clínica e presidente do Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP), Dra. Aline Chaves, falou sobre dois estudos apresentados neste domingo (3/6), no ASCO 2018, em sessão oral com casos de doença localmente avançada.
Um deles é um estudo indiano, o primeiro com pacientes de câncer de cabeça e pescoço localmente avançado, que fizeram tratamento definitivo com quimio e radioterapia. O estudo randomizou um grupo com placebo e um grupo com nimotuzumabe, um anticorpo antiEGFR “que não tem no Brasil, mas tem na China, na Índia e em Cuba, por exemplo”, citou Dra. Aline.
Nesse estudo, o endpoint primário foi avaliar a sobrevida livre de progressão. Foi acrescentado nimotuzumabe à quimio e radioterapia na doença localmente avançada e houve benefícios para os pacientes dessa população específica.
O segundo estudo é uma análise do banco de dados do SEER sobre população idosa, de idade igual ou maior que 66 anos. Os pesquisadores avaliaram três grupos: os que receberam quimio e radioterapia, os que receberam cetuximabe e radioterapia e os que só fizeram radioterapia isolada. Após comparar a sobrevida global desses pacientes, a conclusão foi que os pacientes idosos que fizeram quimio e radio foram melhor do que os pacientes dos outros dois grupos.
De acordo com Dra. Aline, ambos os estudos mudam a prática clínica: “São estudos geradores de hipóteses. Tratar o idoso ainda é um desafio, e precisamos considerar a idade biológica, não a idade cronológica dos pacientes”.
Assista o vídeo com o Dra. Aline Chaves:
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