[VÍDEO] - Câncer de mama com estudos asiáticos no ASCO 2018 - Oncologia Brasil

[VÍDEO] – Câncer de mama com estudos asiáticos no ASCO 2018

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O ASCO 2018 deste ano está surpreendendo pelo grande número de estudos vindos de países asiáticos como Coreia do Sul e China, destacou o Dr. Max Mano, médico oncologista do Hospital Sírio-Libanês, em entrevista exclusiva ao Grupo Oncologia Brasil. O número de estudos vindos daqueles países vem aumentando anualmente.

O estudo chinês investiga um análogo da epotilona em combinação com a capecitabina. Na sequência dessa apresentação, vem talvez o que seja um dos estudos mais interessantes do Congresso deste ano, na opinião de Max Mano. Trata-se de um estudo sul-coreano que avalia a supressão ovariana. “Ele mostra que essa supressão confere um benefício importante da mesma magnitude vista no estudo SOFT, mas com uma particularidade que só era dada por dois anos, o que pode ser muito interessante para nossos pacientes, principalmente os que estão tendo má tolerância ao tratamento.”

Mano está otimista com os resultados previstos para o Congresso, principalmente em relação ao câncer de mama: “Conseguimos, inclusive, emplacar um estudo na plenária, o TAILORx, que será o tema central deste ano. É um estudo importantíssimo que está atrasado, provavelmente porque está tendo poucos eventos de recorrência, mas finalmente teremos o resultado. Será o maior estudo já feito em adjuvância do câncer de mama, com mais de 10 mil pacientes”.

O estudo, que será apresentado no domingo (3/5), fornecerá informações que possibilitarão poupar muitos pacientes da quimioterapia adjuvante. No mesmo dia, serão mostrados dois estudos interessantes: um sobre inibidores da ciclino kinase outro sobre ribociclibe, em combinação, dessa vez com fulvestranto com pacientes virgens em hormonioterapia e também em pacientes pré-tratados com resultados francamente positivos.

Também serão apresentados dados de genômica, o PALOMA-3, o estudo do palbociclibe que identifica fatores de resistência aos inibidores da ciclino kinase.

Na sequência de adjuvância, outro estudo que repercutirá bastante é o britânico Persephone, com quatro mil pacientes comparando seis meses versus 12 meses de trastuzumabe adjuvante. Pelos dados reportados até agora nos abstracts e analisados por Mano, não há diferença no desfecho oncológico.

Dois estudos menores, exploratórios, mas muito expressivos segundo nosso entrevistado, serão apresentados no terceiro dia do ASCO. Um sobre Her II + com duplo bloqueio, combinando hormonioterapia com taxas de resposta patológica “interessantes”, e um bastante “surpreendente”, com inibidor da parptalozaparibe, mostrando seu uso pré-operatório atingindo em monoterapia taxas de respostas patológicas completas da ordem de praticamente 60%.

Assista o vídeo com o Dr. Max Mano:


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