[Vídeo] - Cenário atual do câncer de cabeça e pescoço e HPV+ - Oncologia Brasil

[Vídeo] – Cenário atual do câncer de cabeça e pescoço e HPV+

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O carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço representa uma das neoplasias mais frequentes no homem no Brasil. Geralmente é diagnosticado em estádios avançados, sendo a abordagem multidisciplinar fundamental. O tratamento curativo muitas vezes necessita da associação cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Para os casos de tumores irressecáveis ou então nos casos de preservação de órgão (como na laringe e orofaringe), a quimioterapia com cisplatina concomitante a radioterapia é o tratamento padrão. Nos casos de pacientes não aptos a usar cisplatina outras opções seriam a radioterapia concomitante a carboplatina e fluorouracil infusional ou radioterapia concomitante a cetuximabe.

Classicamente, são tumores que ocorrem em homens, tabagistas e etilistas. Porém, nos últimos 15 anos, um novo fator de risco foi descrito para estes tumores, principalmente associado a orofaringe (amígdalas e base de língua): o vírus do papiloma humano (HPV), sendo considerado uma epidemia em alguns países. O perfil dos pacientes com câncer de orofaringe HPV positivo é diferente dos HPV negativo: geralmente são pacientes mais jovens (faixa etária 45-55 anos), com bom estado geral, tumores pequenos com grandes adenomegalias (geralmente císticas) cervical, associados a um ótimo prognóstico na maioria das vezes. Devido a este bom prognóstico associado a alta toxicidade das abordagens atuais, os estudos estão avaliando diminuir a intensidade dos tratamentos, reduzindo os efeitos adversos dos mesmos. Porém isso deve ser feito com cautela.

Dados preliminares do primeiro estudo randomizado fase III para desintensificar o tratamento em pacientes com câncer de orofaringe HPV positivo foram recentemente divulgados. Os pacientes foram randomizados entre radioterapia concomitante a cisplatina versus radioterapia concomitante a cetuximabe. O estudo foi negativo, mostrando que não se pode utilizar essa estratégia de desintensificação do tratamento, as custas de piorar o prognóstico destes pacientes.

[ASSISTA] – Cenário atual do câncer de cabeça e pescoço e HPV+

Aline Chaves – Oncologista e Presidente do Grupo Brasileiro de Cabeça e Pescoço (GCAP).

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