[Vídeo] Cobertura ASH 2017 Dia 3 – Pacientes com Leucemia Linfocitica Cronica: Novidades, com o Dr. Bernardo Garicochea

Por Michel Douglas Pereira

Durante o 3° dia do ASH 2017, em Altanta, foram apresentados alguns trabalhos em sessões orais que são de uso mais prático, mais clínico, segundo avaliação do Dr. Bernardo Garicochea. Um deles foi de leucemia linfocítica crônica (LLC), desenvolvido pelo MD Anderson. “Trata-se de um estudo randomizado de rituximabe e ibrutinibe versus ibrutinibe fase três e, infelizmente, este estudo foi negativo”, comenta.

Na análise do Dr. Garicochea, esperava-se que a associação desses dois medicamentos pudesse ter uma sinergia muito importante, uma vez que o fechamento de duas vias de retroalimentação da célula LLC resultaria numa resposta mais profunda. “Pacientes que recebem rituximabe e ibrutinibe têm respostas muito mais rápidas e muito mais profundas. Infelizmente, nenhum impacto em sobrevida geral. Este é um estudo considerado negativo, no entanto, essa pode ser uma alternativa para pacientes que precisam de uma resposta muito rápida”.

Em LLC, o que também chamou muito a atenção do especialista entrevistado pela Oncologia Brasil, em parceria com a ABRALE, foram os trabalhos que abordaram novas formas de terapia utilizando um outro tipo de marcador DM Point, com doença residual mínima. “Por muito tempo, os casos de LLC foram os cânceres humanos onde a doença residual mínima se mostrava uma das mais importantes variáveis da determinação de resposta ao tratamento. O que fazer com uma doença em que os pacientes vivem 10, 12, 15 anos? Como eu posso medir o impacto de um tratamento novo quando a sobrevida é tão longa em muitos pacientes? Enfim, na verdade, uma das saídas é reutilizar de biomarcadores e a doença residual mínima é um excelente marcador nessa doença”.

Ele falou sobre a associação de uma droga nova chamada Venetoclax, um anti BCL2, uma droga antiapoptose, sendo utilizada em conjunto com outras. Todos as associações “resultaram em respostas impressionantes em termos de doença residual minima”.

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