[VÍDEO] - Dados inéditos do primeiro estudo prospectivo brasileiro sobre Câncer de Mama - Oncologia Brasil

[VÍDEO] – Dados inéditos do primeiro estudo prospectivo brasileiro sobre Câncer de Mama

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Os oncologistas clínicos Dra. Daniela Dornelles Rosa, médica do Hospital Moinhos de Vento e presidente do Grupo Brasileiro de Estudos em Câncer de Mama (GBECAM), e Dr. Sérgio Simon, do Hospital Israelita Albert Einstein e atual presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), reuniram-se para comentar o estudo brasileiro AMAZONA III, cujos resultados foram expostos no San Antonio Breast Cancer Symposium 2018, que ocorreu entre 04 e 08 de dezembro, em San Antonio (EUA).

O Dr. Sérgio recapitulou parte do histórico dos estudos AMAZONA, que têm por objetivo reunir dados epidemiológicos sobre câncer de mama no Brasil. O primeiro estudo, de 2008, reuniu dados sobre pacientes tratadas em 2001 e 2006, anos em que importantes mudanças ocorreram no tratamento do câncer de mama, com a introdução na prática clínica dos inibidores de aromatase e do trastuzumabe, respectivamente. Os dois primeiros estudos foram retrospectivos e caracterizaram perfis epidemiológicos e desfechos, mostrando pior prognóstico para as pacientes tratadas no Sistema Único de Saúde (SUS) em comparação àquelas tratadas na prática privada.

A Dra. Daniela ressaltou que o estudo AMAZONA III foi o primeiro trabalho prospectivo brasileiro desse escopo em câncer de mama, tendo envolvido 24 centros e 2950 mulheres. Observou-se que a média de idade dessa população era de 54 anos, a maioria (66%) delas tratava no SUS e, dentre essas, a maioria teve diagnósticos em estádio avançado, o que contrasta com a realidade das pacientes na prática privada, evidenciando uma dificuldade de acesso de boa parte das mulheres a rastreamento e a tratamento. Na população do AMAZONA III, 25% das pacientes tinham tumores HER2+; 15%, tumores triplo negativos; quase 80%, tumores com expressão de receptores hormonais. A grande relevância do estudo para o Brasil foi salientada, mas dados sobre desfechos de sobrevida ainda são aguardados.

A Oncologia Brasil está realizando a cobertura do SABCS 2018, diretamente de San Antonio (EUA).

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