[VÍDEO] - ESMO e as Novidades em Câncer de Próstata - CPRC - Oncologia Brasil

[VÍDEO] – ESMO e as Novidades em Câncer de Próstata – CPRC

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Dr. Denis Jardim, representante do grupo de câncer genito-urinário do Lacog, comenta os trabalhos apresentados sobre câncer de próstata.

O ESTUDO ERA 223, de fase 3, incluiu pacientes com câncer de próstata resistente à castração metastático (CPRCm), para receber abiraterona monoterapia ou abiraterona com rádium 223 por seis ciclos. Esse estudo era aguardado pois já havia aumentado o número de fraturas no braço combinação. O desfecho primário era demonstrar se a associação de radium com abiraterona aumentaria o tempo livre de eventos esqueléticos sintomáticos. O estudo foi negativo: numericamente, abiraterona isolada foi inclusive superior, e a sobrevida global não foi diferente: esteve por volta de 30 meses em ambos os braços. Mas o mais interessante é que a associação de radium com abiraterona aumentou o número de fraturas dos pacientes. No estudo, o uso de agentes modificadores da saúde óssea reduziu o número de fraturas sem contudo amenizar os prejuízos causados pela associação de radium com abiraterona. Conclui-se que a associação de radium e abiraterona em primeira linha para CPRC não melhorou desfechos, inclusive saúde óssea, e ocorreu um prejuízo no número de fraturas.

Outro estudo randomizado de fase 2 conduzido por grupo canadense em pacientes com CPRC de mau prognóstico comparou abiraterona ou enzalutamida como primeira opção, a uma outra opção com cabazitaxel – avaliando se, para essa população de alto risco, fazia diferença quimioterapia ou um agente hormonal de nova geração. O estudo mostrou que em resposta de PSA não houve diferença, e a sobrevida global foi igual entre os braços. A única diferença é que houve uma taxa de benefício clínico um pouco superior com cabazitaxel em relação a abi ou enza, ganho de 20% nesse critério, mais à custa de doença estável do que efetivamente resposta. Apesar de ser um estudo de fase 2, é um dos poucos randomizados que compara quimio versus novos agentes, principalmente para uma população de alto risco.