[VÍDEO] – Mais uma estratégia para evitar QT no Câncer de Mama Metastático RH+

A atual presidente do Grupo Brasileiro de Estudos em Câncer de Mama (GBECAM) e oncologista clínica do Hospital Moinho de Ventos (Porto Alegre-RS), Dra. Daniela Dornelles Rosa, discorreu sobre os resultados do SOLAR-1, estudo apresentado no San Antonio Breast Cancer Symposium 2018, encontro que ocorre de 04 a 08 de dezembro, em San Antonio (EUA).

Trata-se de estudo de fase III que randomizou quase 500 pacientes com câncer de mama metastático, para receberem fulvestranto associado ou não ao inibidor de PI3K-alfa, alpelisibe. A oncologista ressaltou o fato de que até 40% das pacientes com câncer de mama positivo para receptores hormonais apresentam mutações no gene da PI3K, o que pode impactar o prognóstico e o tratamento das mesmas.

Os resultados apresentados focaram no subgrupo de pacientes com mutação em PIK3CA, para o qual houve ganho absoluto expressivo em sobrevida livre de progressão da ordem de 5 meses (11,5 vs. 5,7 meses). A Dra. Daniela enfatizou a importância desse potencial novo tratamento como estratégia para prolongar o tempo livre de quimioterapia para essas pacientes, vindo a somar ao crescente arsenal terapêutico atual, que engloba hormonioterapias e terapias-alvo diversas. Quanto aos efeitos colaterais, a médica destacou a hiperglicemia como o mais frequente, porém de fácil manejo clínico.