[VÍDEO] - Novidades para pacientes do maior congresso de oncologia do mundo - Oncologia Brasil

[VÍDEO] – Novidades para pacientes do maior congresso de oncologia do mundo

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O Dr. Rafael Kaliks, médico oncologista clínico do Hospital Albert Einstein e diretor científico do Instituto Oncoguia, tradicional frequentador do Congresso da Associação Americana de Oncologia Clínica, conhecido como ASCO, fez um apanhado das principais conclusões que vão beneficiar os pacientes em todo o mundo, principalmente nos países que facilitam o acesso aos novos medicamentos e novas terapias.

Dr. Kaliks lembrou que o Congresso, realizado em Chicago, de 1 a 5 de junho, reuniu aproximadamente 40 mil médicos de todo mundo, sendo cerca de 800 do Brasil. Diante desse grande público foram apresentados milhares de estudos clínicos, cujos resultados passam a mudar a forma de como os médicos tratam seus pacientes.

Ele começou falando sobre o câncer de pâncreas. Foi provado que os pacientes que recebem folfirinox no pós-operatório, apresentam redução de recidiva da doença.

Novos testes ou novas formas de usar os testes já conhecidos, também foram destacados pelo especialista.  Um teste, por exemplo, já disponível no Brasil, detecta metástases do câncer de próstata e poupa o paciente de tratamentos inadequados.

Em relação a câncer de pulmão metastático, um resultado importante mostrou que a imunoterapia, que até agora era considerada para tratamento de primeira linha, pode ser usada para um número maior de pacientes. Passou de 25% para até 80% deles, sendo que em alguns casos o tratamento precisa estar associado à quimioterapia.

No Brasil, o SUS ainda não incorporou a imunoterapia. O especialista destacou a importância da pressão social para que o governo brasileiro incorpore essa opção que tem salvado muitos pacientes mundo afora.

Sobre câncer de mama, Dr. Kaliks destacou dois estudos: o TAILORx que envolve um teste que é feito no material da cirurgia da paciente de câncer de mama – isso para o sub-grupo de mulheres que tem receptores hormonais – e cujo resultado pode dizer se ela tem um baixo risco de recidiva e, neste caso, não é necessário quimioterapia e sim, apenas hormonioterapia.

Se a paciente tem um alto risco de recidiva precisa de quimio. Já no grupo intermediário, “antes a gente não sabia se deveria ou não fazer quimioterapia. O que esse estudo mostrou é que aparentemente para esse sub-grupo não é necessário fazer a quimio. É uma boa noticia. O exame é muito caro mas eficiente”, completou o médico.

O entrevistado também falou sobre o estudo PERCEPHONE de câncer de mama, que comparou o padrão de tratamento de um ano de terapia anti-HER2 com trastuzumabe na adjuvância, ou seja no pós operatório, com um período de seis meses e ficou provado que os resultados são idênticos.

Dr. Kaliks usou esses exemplos para mostrar como a ciência evolui e muda o cenário dos tratamentos a cada dia e que cabe, não só aos médicos e à comunidade médica como um todo conhecer esses avanços mas, também, aos pacientes e a comunidade em geral. Ele completou lembrando que “essa evolução baseada em evidência científica é que vai proporcionar mais vida e melhor qualidade de vida aos pacientes” e recomendou aos pacientes: “converse com o seu médico sobre seu caso e pergunte sobre a possibilidade de ser incluído em estudos clínicos e sobre o melhor padrão de tratamento”.

Assista o vídeo com o Dr. Rafael Kalik:


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