Dra. Débora Gagliato, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, comenta trabalho sobre aderência à hormonioterapia adjuvante, que avaliou a aderência à terapia em mais de 1000 mulheres na pré-menopausa através de medida dos níveis séricos de tamoxifeno. Estas mulheres respondiam questionário sobre efeitos colaterais que teriam tido com medicação, e se estavam seguindo adequadamente o tratamento ou não. Estes questionários eram comparados às dosagens séricas de tamoxifeno. Esta análise mostrou que, após um ano de terapia hormonal adjuvante, 16% das mulheres não eram aderentes à medicação, não tendo o nível sérico adequado de tamoxifeno adjuvante. Dessas pacientes que não eram aderentes por nivel sérico, 50% haviam respondido no questionário que sim, eram aderentes. Isso mostra que, muitas vezes, só interrogar a paciente, pode levar à falsa impressão de que ela está de fato usando tamoxifeno adjuvante. Claramente, as mulheres que tinham mais efeitos colaterais tendiam a ser menos aderentes; os principais efeitos relacionados ao uso de tamoxifeno foram: fadiga, ondas de calor, sintomas urogenitais e ansiedade. Assim, deve-se ter uma conversa franca com as pacientes sobre aderência e usar de estratégias para minimizar os efeitos colaterais, buscando melhorar a aderência a essas drogas tão importantes que salvam vidas.
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