Estudo mostra benefício de quimioterapia adjuvante em carcinoma urotelial

Um estudo de fase III capitaneado pelo Instituto Nacional do Câncer do Egito, em parceria com a Universidade da Pensilvânia, avaliou o papel da adição de quimioterapia (QT) adjuvante à radioterapia, em pacientes submetidos a cistectomia por câncer de bexiga e que apresentavam doença localmente avançada. Os resultados referentes ao subgrupo de histologia urotelial foram apresentados no Genitourinary Cancers Symposium – ASCO-GU 2019, evento que reúne os principais especialistas em tumores genitourinários do mundos e que ocorre de 14 a 16 de fevereiro, em São Francisco (EUA).

O estudo, que vinha recrutando pacientes desde 2002 e que conta com uma população de 153 pacientes, avaliou 81 pacientes com histologia urotelial, para a adição de QT com cisplatina/gencitabina antes e após radioterapia pélvica com 45 Gy.

O desfecho primário de sobrevida livre de doença foi positivo em favor do braço de QT, com taxas de 62% vs. 48% (p = 0,031) em 2 anos. A sobrevida global em 2 anos também favoreceu o grupo de QT, com taxas de 71% vs. 51% (p = 0,048). As taxas de toxicidade foram similares entre os grupos.