Novos estudos de fase III com combinação de imunoterapia e terapia-alvo antiangiogênica, mostrando importantes benefícios para pacientes com carcinoma de células renais (CCR) metastático, foram apresentados hoje, na plenária do Genitourinary Cancers Symposium – ASCO-GU 2019, evento que reúne os principais especialistas em tumores genitourinários do mundo e que ocorre de 14 a 16 de fevereiro, em São Francisco (EUA).
O primeiro desses estudos, o KEYNOTE-426, apresentado pelo Dr. Thomas Powles, avaliou a combinação de pembrolizumabe (anti-PD-1) e axitinibe (VEGFR-TKI) como 1ª linha de tratamento para CCR, em comparação à então terapia padrão com sunitinibe. Os desfechos co-primários de sobrevida global (SG) e sobrevida livre de progressão (SLP) foram positivos já na primeira análise interina do estudo, com taxas de 89,9% vs. 78,3% em 12 meses, para SG (HRs 0,53; p < 0,0001), e medianas de 15,1 vs. 11,1 meses, para SLP (HR 0,69; p = 0,0001), confirmando estatisticamente a superioridade da combinação em relação ao tratamento padrão avaliado.
Dos 861 pacientes recrutados, 59% permaneciam em tratamento com imunoterapia + TKI no momento da avaliação dos dados, com tempo mediano de duração de resposta não atingido no grupo experimental. Os benefícios da terapia combinada foram consistentes em todos os subgrupos avaliados, independentemente de categoria de risco ou de expressão de PD-L1. As taxas de toxicidade foram similares entre os braços.
O estudo teve publicação simultânea à sua apresentação no New England Journal of Medicine. Os autores consideram que, frente aos resultados apresentados, a combinação de pembrolizumabe e axitinibe deva ser considerada o novo tratamento padrão no cenário estudado. Para ler a publicação do trabalho, clique aqui.
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