Diretamente do ASH em San Diego, o Dr. Breno Gusmão1 e o Dr. Fábio Pires2 comentam, com exclusividade, os resultados dos estudos COMMANDS e LusPlus. Eles destacam a superioridade do luspatercept em relação à eritropoetina, além da abordagem de iniciar o tratamento com luspatercept em doses mais altas. Não perca os comentários exclusivos dos dois especialistas e descubra como esses dados podem transformar o manejo da SMD de baixo risco. Assista e confira todos os detalhes!
1- Médico hematologista na BP, A Beneficência Portuguesa de São Paulo
2- Médico hematologista na BP, A Beneficência Portuguesa de São Paulo e do Hospital Israelita Albert Einstein
O estudo COMMANDS demonstrou que o luspatercept é superior à eritropoetina em pacientes com síndrome mielodisplásica (SMD) de baixo risco e dependência transfusional, que não haviam sido tratados previamente com eritropoetina. Os resultados indicaram que o luspatercept oferece respostas mais duradouras, com uma duração mediana de independência transfusional de cerca de três anos (154,7 semanas), em comparação com menos de dois anos (91,1 semanas) com eritropoetina. O estudo também revelou que o luspatercept é eficaz independentemente de fatores clínicos, como mutações no gene SF3B1, presença de sideroblastos em anel ou baixos níveis séricos basais de eritropoetina. Esses achados consolidam o luspatercept como uma opção terapêutica diferenciada, oferecendo benefícios significativos em termos de eficácia e durabilidade no manejo da SMD de baixo risco.
Apesar da eficácia do protocolo de administraçãodo do luspatercept, o escalonamento de dose — que exige até sete administrações para avaliar a resposta — pode ser oneroso para o paciente e para os serviços de saude. O estudo LusPlus2 avaliou a possibilidade de iniciar o tratamento com uma dose mais alta de luspatercept (1,75 mg/kg) em pacientes dependentes de transfusão com SMD de baixo risco e fenótipo com sideroblastos em anel, refratários, intolerantes ou inelegíveis ao tratamento prévio com agentes estimuladores da eritropoiese. Os resultados mostraram que essa abordagem é bem tolerada, sem impacto nos efeitos adversos, e permite antecipar os benefícios para o paciente, otimizando os recursos e reduzindo o tempo e os custos do tratamento, além de possibilitar a identificação de pacientes não responsivos já na terceira dose.
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