A Dra. Ana Gelatti, oncologista clínica e membro do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT), comenta o estudo IMpower 110, apresentado pelo Dr. Spigel durante o ESMO Congress 2019, congresso da European Society of Medical Oncology, que ocorre em Barcelona, de 27 de setembro a primeiro de outubro.
O estudo comparou o uso de atezolizumabe em monoterapia ao tratamento padrão anterior de quimioterapia (QT) baseada em platina, ambos como tratamentos de primeira linha para câncer de pulmão de céulas não pequenas metastático (CPCNPm), independentemente da histologia.
Os pacientes não poderiam apresentar mutações driver detectáveis em seus tumores, os quais deveriam ter expressão mínima de programmed death ligand 1 (PD-L1) de 1%, conforme o teste de imuno-histoquímica VENTANA SP142, que foi usado para avaliar a expressão de PD-L1 tanto em células tumorais (TC) quanto nas células do infiltrado imune tumoral (IC).
Dos 572 pacientes recrutados, 205 apersentaram escore 3 para TC (TC3) ou IC (IC3), determinados por expressões de PD-L1 TC > 50% (TC3) ou IC > 10% (IC3). Na análise hierárquica do desfecho primário do estudo, os pacientes com TC3/IC3 foram avaliados primeiro e tiveram expressivo benefício com uso de atezolizumabe em relação à QT, com ganho de mais de 7 meses em sobrevida global mediana (20,2 vs. 13,1 meses), determinando um hazard ratio de O,59 (p = 0,0106).
A oncologista destacou que, apesar de essa ter sido uma análise interina, parece haver tendência a benefício com uso de atezolizumabe para todos os subgrupos com diferentes escores de TC e IC, ainda que com diferenças não significativas até o momento.
A Dra. Gelatti ressaltou que esses resultados apontam para o atezolizumabe em monoterapia como mais uma promissora opção de tratamento para pacientes com CPCNPm, com TC3/IC3, sem mutações driver.
O ESMO Congress 2019 acontece entre os dias 27 de setembro e primeiro de outubro em Barcelona, Espanha e reúne especialistas do mundo todo para discutir o que há de mais recente na pesquisa oncológica, com apresentação de dados que podem mudar a prática da oncologia e consequente promoção de um atendimento melhor ao paciente. Confira a cobertura no site www.oncologiabrasil.com.br/esmo-19, e nas nossas redes sociais.
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