Importância da MSI-H como fator preditivo de resposta a imunoterapia: KEYNOTE 164 e 158 - Oncologia Brasil

Importância da MSI-H como fator preditivo de resposta a imunoterapia: KEYNOTE 164 e 158

A atualização dos estudos KEYNOTE 158 e 164
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O oncologista clínico do A. C. Camargo Câncer Center, Dr. Virgílio Silva, comentou a atualização dos estudos KEYNOTE 158 e 164, apresentados no ESMO Congress 2019, que avaliaram a resposta de pacientes com instabilidade de microssatélite (MSI) ao pembrolizumabe, sendo o KEYNOTE 158 focado em pacientes com tumores não colorretais e o 164 em pacientes com câncer colorretal metastático.

Os pacientes (357, no total) foram divididos em duas coortes, uma consistindo em pacientes que haviam passado por uma a duas linhas de tratamento prévio e outra com pacientes previamente tratados com mais de duas linhas terapêuticas. Os resultados apresentados no ESMO 2019 combinaram os dados de ambos os estudos, na tentativa de avaliar o poder preditivo em relação à eficácia da imunoterapia trazido pela MSI.

“Nós tivemos para esses pacientes uma alta taxa de resposta, de cerca de 34%, com ganho em sobrevida global que chegou a uma mediana de 27,8 meses. Isso reforça a importância da pesquisa da instabilidade de microssatélite para pacientes com tumores sólidos, independentemente do tipo.”, explicou o Dr. Silva.

Além dos dados de sobrevida global, o estudo demonstrou uma mediana de sobrevida livre de progressão (SLP) de 4,0 meses, com uma taxa de SLP em dois anos de 31%. Adicionalmente, o perfil de segurança do estudo foi compatível com o de outros estudos envolvendo o pembrolizumabe.

“A gente pode correlacionar esses dados com outros estudos. Por exemplo, ontem tivemos a apresentação do KEYNOTE 062, que demonstrou o benefício da imunoterapia com pembrolizumabe para pacientes com tumores gástricos avançados com instabilidade de microssatélites. Esses trabalhos reforçam a MSI como um fator preditivo de resposta à imunoterapia,” concluiu.

O ESMO Congress 2019 acontece entre os dias 27 de setembro e primeiro de outubro em Barcelona, Espanha e reúne especialistas do mundo todo para discutir o que há de mais recente na pesquisa oncológica, com apresentação de dados que podem mudar a prática da oncologia e consequente promoção de um atendimento melhor ao paciente. Confira a cobertura no site e nas nossas redes sociais.

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