O papel do pirtobrutinibe no manejo do Linfoma de Células do Manto

Neste vídeo, Dr. Renato Centrone, médico hematologista da Dasa Oncologia e Dr. Vinícius Molla, médico hematologista da Dasa Oncologia e professor da Unifesp discutiram avanços no tratamento do linfoma de células do manto com o uso do pirtobrutinibe.  Acesse e confira na íntegra! 

Neste vídeo, Dr. Renato Centrone, hematologista da Dasa Oncologia, e o Dr. Vinícius Molla, também hematologista da mesma rede e professor na Unifesp, discutiram os principais avanços no tratamento do linfoma de células do manto. Essa doença, caracterizada por sua heterogeneidade clínica e considerada incurável, representa um desafio para o manejo médico. Ambos destacaram a recente aprovação do pirtobrutinibe, um inibidor de tirosina quinase de Bruton (iBTK) não covalente, como um marco significativo. A droga é particularmente relevante para pacientes em terceira linha de tratamento, ampliando o arsenal terapêutico com um perfil de segurança e eficácia promissores. 

O Dr. Vinícius enfatizou que a heterogeneidade do linfoma de células do manto exige múltiplas linhas de tratamento. Ele apontou que, antes do pirtobrutinibe, não havia opções eficazes para pacientes que falhavam com os iBTKs anteriores, como ibrutinibe ou acalabrutinibe, e precisavam retornar à quimioterapia, o que é especialmente inadequado para pacientes idosos. O pirtobrutinibe oferece uma taxa de resposta geral superior a 50%, com 20% de respostas completas e duração média de resposta de 22 meses. Além disso, seu perfil de tolerabilidade reduz complicações como toxicidade cardiovascular, comum em tratamentos anteriores. 

O Dr. Renato complementou destacando a relevância do mecanismo de ação não covalente do pirtobrutinibe, que justifica sua eficácia mesmo em pacientes expostos previamente a outros iBTKs. Ele enfatizou que o equilíbrio entre eficácia e segurança é crucial em cenários de incurabilidade, especialmente para pacientes com comorbidades e em uso de múltiplas medicações. Ambos concordaram que a nova medicação supre uma necessidade não atendida e tem potencial para ser incorporada em linhas de tratamento mais precoces, representando um avanço significativo na prática clínica.