Aprovada em bula no Brasil, a combinação de durvalumabe e olaparibe em manutenção demonstra benefícios significativos para pacientes com câncer de endométrio com proficiência das enzimas de reparo (pMMR)
A ANVISA aprovou o regime do 3º braço do estudo DUO-E no Brasil, representando um avanço importante no tratamento do câncer de endométrio com proficiência das enzimas de reparo.
Os resultados demonstraram que a associação de durvalumabe e olaparibe na fase de manutenção proporcionou uma melhora significativa na sobrevida livre de progressão (PFS) e um aumento na mediana da duração de resposta. Em pacientes com proficiência das enzimas de reparo, a PFS aumentou de 9,7 meses no braço controle para 15 meses no braço com durvalumabe e olaparibe, evidenciando o impacto positivo da combinação. Além disso, a duração de resposta foi significativamente maior no regime com durvalumabe e olaparibe em comparação ao braço controle com carboplatina e paclitaxel (7,6 meses versus 18,7 meses), reforçando a eficácia da terapia combinada.
O mecanismo de ação por trás dessa melhora está relacionado à ativação da via do STING e à secreção de interferon-gama, que potencializam a resposta imune contra o tumor. Esse mecanismo difere do conceito clássico de letalidade sintética observado em câncer de ovário, trazendo uma nova abordagem para o tratamento do câncer de endométrio.
Além dos benefícios clínicos, a combinação apresentou um perfil de toxicidade manejável, com aumento na incidência de anemia, mas sem índices significativos de descontinuação do tratamento. Uma análise exploratória recente destacou que todos os subgrupos avaliados — incluindo pacientes com mutações em BRCA, PD-L1 e TP53, além daqueles com diferentes tipos histológicos, como carcinomas endometrioides e serosos — se beneficiaram da associação de durvalumabe com olaparibe, reforçando sua aplicabilidade clínica.
Com essa aprovação, torna-se disponível uma nova estratégia promissora para o tratamento de pacientes que anteriormente apresentavam menor benefício com imunoterapia isolada. Portanto, a combinação de durvalumabe e olaparibe em manutenção surge como uma nova alternativa no cenário terapêutico do câncer de endométrio.
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