Dr. Gustavo Fernandes, oncologista clínico do Hospital Sírio Libanês de Brasília, conversou com a Dra. Angélica Nogueira, oncologista clínica, diretora da SBOC, professora e pesquisadora da UFMG, sobre os cuidados e novas estratégias na condução de pacientes com tumores ginecológicos durante a pandemia do coronavírus.
A especialista relatou que o panorama geral do Estado de Minas Gerais está mais tranquilo, com um controle da pandemia razoável. Segundo ela, a quarentena iniciada no dia 18 de março juntamente com o Estado de São Paulo, embora não rigorosa, foi bem disciplinada. Minas Gerais tem a 2ª maior população do Brasil e, até o presente momento, soma 2.600 casos com 97 óbitos.
Os tumores ginecológicos têm muitas peculiaridades e, dependendo da situação, não realizar o rastreamento pode ter impactos significativos. A incidência do câncer de colo do útero no Brasil, por exemplo, é razoavelmente grande, acima da média mundial, e geralmente os diagnósticos já são de doença localmente avançada.
No momento, em que o rastreamento está cancelado ou postergado, a oncologista afirma que é possível haver uma explosão de pacientes com esse grau de doença no futuro próximo. Por isso, na sua opinião, a melhor estratégia seria avaliar caso a caso a possibilidade de retomar o rastreamento, especialmente em Estados onde a pandemia apresenta um melhor controle.
Dra. Angélica Nogueira ainda comenta sobre pacientes em seguimento, câncer de ovário, telemedicina e vacinação de HPV em crianças e adolescentes.
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